sábado, 31 de janeiro de 2004

Chico come um traveco em Pirinópolis!!!



Chico bebum em churrasco



Nós do Buldozer temos o dom de conhecer as figuras mais exóticas e esquisitas de Brasília. Uma dessas pessoas é com certeza Chico. O bebum mais figura de Brasília, que ja teve a proeza de ser espancado por travestis (leia aqui), parece que conseguiu o inimaginável: pegou um traveco em Pirinópolis!!! Finalmente Chico conseguiu botar medo na nossa turma. E olha que ele não fez pouca merda por aqui: ja animou festa infantil vestido de joaninha (bêbado), cantou Roberto Carlos em um festival de bandas punk na UnB (bêbado), foi eletrocutado ao arrumar a instalação elétrica de uma festa infantil (nessa ele estava sóbrio, ufa!), entre outras desventuras. Mas ao comer um traveco, o rapaz se tornou imbatível...

Antes de contar a história direito, deixe-me esclarecer certos pontos. Essa história foi contada por San no ultimo encontro da turma ocorrido na casa do Leo (leia aqui). Apesar de o San ser outro bebum de marca maior, ele não tem o costume de inventar história. Portanto, podemos dar algum crédito ao rapaz. Como o Chico não tem o costume de visitar esse blog, não vamos ter uma segunda versão dos fatos, e com isso, vai ficar valendo a versão aqui contada.

Mas vamos logo ao que interessa: nesse ultimo reveillon, San juntou uma galera grande para curtir a virada de ano em Pirinópolis. No meio dessa galera estava Chico. A turma viajou de carro e para evitar passar "sede" no meio do caminho levou junto 40 engradados de cerveja. Chico bebeu metade sozinho, antes mesmo de chegar em Pirinópolis!

Ao chegar na cidade, a turma tratou de beber o resto das cervejas e sondar os agitos que estavam ocorrendo no local. Pelas 6 da tarde a cerveja acaba e os toscos resolvem ir para o centro da cidade, com o intuito de beber mais. Chegando no centro, a turma estaciona ao lado de um vendendor ambulante de cerveja (o popular "isoporzão"). Cerva vai, cerva vem...e a turma se separa. Metade vai para um barzinho pé sujo que estava tocando som ao vivo e a outra metade se espalha pelo centro. San se dirigiu para o barzinho, juntamente com Chico e outros amigos.

O som ao vivo do barzinho era pitoresco. Segundo San, o som era comandado apenas por um cara munido de um teclado Casio, que tocava de tudo: forró, axé, sertanejo e pop-rock (incluindo "Boys don't cry" do The Cure!). Como ninguém tinha opção melhor, o jeito foi ficar curtindo o som do tio do teclado e beber o que estivesse disponível na birosca. E capirinha aqui, cerveja acolá...chegou uma hora que San teve que ir ao banheiro. Voltando para a pista de dança, San se depara com uma visão dantesca: Chico estava dançando todo feliz, enquanto um traveco de 1,90m dançava colado atrás dele. O traveco dançava de uma maneira que mais parecia estar se esfregando em Chico. San contou que o traveco era horroroso, parecia uma versão feminina do Maguila com a barba rala. Coisa de outro mundo. "Cacete, depois dessa tenho que beber mais um pouco..." pensou San. E nisso San vai para o balcão comprar mais birita. Ao voltar para a pista, San nota que Chico tinha desaparecido. O travecão idem. Deu mais uma volta procurando os dois, mas nada de encontrá-los. San, como um bom amigo de Chico pensou "ah, foda-se!", e continuou curtindo o som da birosca.

No manhã seguinte Chico aparece, com a cara mais limpa do mundo. San puxou-o para um canto e conversou:

- Pô Chico, que merda era aquela dançando atras de você ontem?
- Quem?
- AQUELE TRAVECO PORRA!
- Era traveco?
- Porra cara...fala sério, tu saiu do boteco para comer aquele traveco!
- Que isso cara! Saí pra achar outra coisa pra fazer. Ta me estranhando...
- Sei...


Pois bem, Chico jurou que ele não encarou o travecão. Para falar a verdade, ele nem sabia que era um traveco (hmmmm...). Mas San me garantiu que outras pessoas da turma viram o Chico desaparecer na escuridão da noite com o travecão na cola. Ou seja, mesmo que ninguém tenha visto o rapaz se atracando com o travesti, os boatos são fortes. Resta a você caro(a) leitor(a) decidir em quem acreditar.

Quando o San contou essa história na casa do Leo, todo mundo chorou de rir. Mas o espírito Buldozer bateu forte e tivemos que zoar o gordinho:

- [eu interrompo o San] Fala serio, tu procurou o Chico duas vezes pela pista de dança porque tu queria dar uns amassos no traveco também!
- [Yakon vira para o San] SUA BICHA!!! Aposto que tu queria seguir eles para assistir os dois se agarrando no mato enquanto batia uma punheta com o dedo no cu...
- [San rindo] Fala serio porra....
- [todos em coro] Hahahahahah...


Reinaldo, o Bruto

Post Administrativo – SOBRE A ATUALIZAÇÃO DO BLOG

Ultimamente estamos recebendo algumas cobranças do Sr. Yakon Zangief e cia. limitada no que diz respeito a atualização do blog. Venho por meio deste post, com extrema satisfação, informar a todos os nossos leitores que:

1) Blog não dá dinheiro, especialmente um tão escroto quanto esse;
2) Até agora também não rendeu boceta;
3) Aliás, acho que essa porra não serve é para nada mesmo;
4) Eu não me sinto na obrigação de postar porra nenhuma, e muito menos de emprestar qualidade aos posts (como com certeza dá para perceber)
5) O Buldozer blog não possui qualquer obrigação com seu público, aliás, queremos mesmo é que todo mundo se foda;

Esse blog existe única e exclusivamente por causa do extremo mau gosto de seus leitores e absoluta falta de senso do ridículo de seus colunistas. Nesse sentido, vou atualizar quando bem entender, com qualquer lixo que achar conveniente. Quaisquer manifestações em contrário serão solenemente ignoradas, ou pior ainda, impiedosamente zoadas, ao nosso único e exclusivo critério.Obrigado.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2004

FALHA TÉCNICA


Galera, peço desculpas pela demora de posts novos por aqui. A porra do UBBI (site que hospeda nossas fotos) está dando uns paus sinistros. Portanto, para evitar posts sem fotos, estamos esperando aquela merda voltar a funcionar. Enquanto isso, fiquem lendo os posts antigos. Ou então me chupem. Grato pela atenção.

Reinaldo, o Bruto

segunda-feira, 26 de janeiro de 2004

O POÇO NÃO TEM FUNDO:

ANA PAULA ARÓSIO ATUA COMO DJ EM BOATE GAY


Agora é guerra. Esses caras querem fagocitar nosso mais importante patrimônio: AS MULHERES GATAS! Que eles estão querendo, deixar a gente na seca para ver se ficamos mais propensos a comê-los? Podem esquecer, enquanto tivermos nossas mãos estaremos prevenidos contra esse tipo de sabotagem e ainda poderemos empunhar nossas AR-15 para reagir!!

Ana Paula, minha linda, minha bela: NÃO FAÇA ISSO CONOSCO! Não vire ídolo dessas figuras...ver você dando som numa boate gay é quase como se eu visse o Fidel Castro bebendo Coca-Cola e inaugurando um McDonalds em Havana: faz minhas fantasias juvenis caírem de vez por terra! Vc errou nas pick-ups mas não tem problema, entenda, sua função no universo é apenas ser quem vc é para que a gente fique babando nos seus vídeos e fotos...não se meta a mais que isso, pelo amor de deus! Vc é sempre bem-vinda em nossos lares...por favor, seja uma boa menina, tanto quanto vc é uma menina boa, e fique do lado dos seus admiradores heterossexuais!

domingo, 25 de janeiro de 2004

MERDAS QUE RECEBO POR MAIL- vestibular do Uniceub







Reinaldo, o Bruto

MERDAS QUE RECEBO PELA INTERNET

Frase do dia:

"Existem mulheres que a gente ganha com a beleza...
"Existem mulheres que a gente ganha no papo...
"Existem mulheres que a gente ganha no beijo...
"Para todas as outras existe MASTERCARD "

sábado, 24 de janeiro de 2004

MALDITAS BICHAS

Acreditem se quiserem, fui checar meu e-mail hoje e me deparei com a seguinte mensagem:

De: mareco@zipmail.com.br
Data: Wed, 21 Jan 2004 18:02:04 –0200
Para: leocorbusier@zipmail.com.br
Assunto:


Vi a foto do http://www.buldozer.blogspot.com/ e fiquei encantado... gostaria de ficar no lugar da menina com todos vocês, hum que gatos, de costas é claro... ah deixa vai ????

Marrequinho


Não estava com saco para dar uma resposta muito comprida:

De: leocorbusier@zipmail.com.br
Para: mareco@zipmail.com.br
Assunto:Re:

Fala sério.

Leo Corbusier


O cara ta achando o quê, que o Buldozer é bagunça? Olha, para o governo de todos os leitores, apesar da gente viver brincando com esses papos de bizarrices, o nosso negócio é mulher. Se quiser outra coisa, cara, em vez de acessar nosso blog vá ao Garagem, e aproveite para levar a Paty também, que ela se amarra no clima do lugar.

Post escrotamente editado
Recebi uma semana depois a seguinte resposta:

Tô falando...

Achei melhor não responder, fiquei com medo.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2004

AVISO IMPORTANTE

Alguma menina esqueceu uma pequena peça de uso pessoal aqui em casa na festinha da semana passada. Se quiser de volta, basta entrar em contato.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2004

ENCONTRO NA CASA DO LEO- melhores momentos



Nessa ultima sexta (16/1) o Leo organizou um encontro na casa dele com a galera das antigas, com o intuito de botar os papos em dia. Compareceram: Yakon Zanguief, Patty (nossa fã numero 1), San, Daniel e namorada, Zechiro e namorada, Polly, Demetrius e Vanessa. Nunca falei tanta merda e nunca ri tanto em um encontro desse tipo! Basicamente ficou todo mundo bebendo e falando besteira, enquanto rolava um som ambiente no PC do Leo. Os papos foram bem variados: depilação feminina, sentido da vida (me abstive desse papo intelectualóide), motos perigosas, bucetas, sexo anal, como fazer sexo drogado, Israel e religiões estúpidas. No papo de depilação feminina eu vou ser obrigado a transcrever a conversa, que foi deveras interessante:

- [eu viro para a Polly] E aí? Polly, como você depila a parte de baixo?
- Como assim a parte de baixo?
- [abro as pernas e aponto para a região genital] Por aqui...
- Ah...eu faço com cera!
- Dói?
- Porra, e como...tenho que me preparar o dia inteiro para me depilar!
- [chega a Patty dando pitaco] Ah gente, eu so me depilo com gilete.
- [interrompo a Patty] Mas tu não fica com cabelo encravado não?
- [Patty responde] Ah não, ja tenho o jeito de como raspar...
- [Zechiro interrompe] É impressionante a curiosidade do Reinaldo nesses assuntos femininos...
- [Eu viro para o Zechiro] É claro! Se eu for comer uma mulher mal depilada, eu mesmo chego e depilo! Agora eu tenho um segredinho para contar sobre esse assunto...quando eu era criança, minha mãe se depilava em casa com uma moça que morava em Valparaízo. Essa mulher fazia uma cera caseira com Karo e limão...e...enquanto ela depilava a minha mãe, eu pegava o pote dessa cera e comia escondido! Era gostoso...
- [todos em coro] Eca!!! Porco...argh...fala serio!
- [Zechiro vira com cara de nojo para mim] Porra cara, tu comia a cera com pentelho e tudo?
- [eu respondo] Claro que não mané. Eu comia a cera limpa!
- Ah ta...

Em seguida o Yakon conta como transou com uma lésbica (?!) louco de ácido, e como penetrou o cu dela sem saber direito que buraco era (seria melhor ele mesmo contar essa historia em um post...). Em seguida, San entra no assunto e conta a aguardada historinha da noite: Chico comeu um traveco em Pirinópolis!!! Não vou entrar em detalhes agora sobre essa historia, mas aguardem um post sobre esse tema em breve. Pois bem, depois da historinha do Chico, Yakon começa a relembrar o seu passado recente no qual andava colado em Caio, o irmão de San. Caio é uma figura única: tem 18 inquéritos nas costas (maioria por estelionato), ja caiu de moto umas trezentas vezes (e nunca se machucou!) e tem uma filha que nem sabe se é dele. Enfim, gente finíssima. Numa dessas historias, Yakon conta que pegou uma carona na moto de Caio e chegou em casa em 5 minutos. O detalhe é que ambos estavam no Cruzeiro e Yakon mora na 215 sul!!! Yakon pelo visto não tem amor a própria vida (nem pela dos outros).

Pelas 2 da manhã, perto do pessoal ir embora, a Patty ja estava meio bêbada e começou a xaropar bonito. A mulher cismou que queria ir de qualquer maneira na Boate Garagem, que é uma boate gay aqui de Brasília. O papo que rolou foi no mínimo bizonho:

- [Patty com voz de bêbada] Galera...seguinte...ic...quero ir na Boate Garagem. QUERO DANÇAR! Bora gente?
- [eu respondo] Porra, fala serio Patty. O que a gente vai fazer naquela boate de viado?
- Ahhh gente...ic...lá é massa! Quero dançar. BORA!!!
- [Leo entra no papo] Pô Patty, acho que eu não tenho a mínima obrigação de ver homem se agarrando na minha frente. Tem opção melhor não?
- [Patty responde] Ah galera...vai ter ninguém dando em cima de vocês não! Vou armar umas meninas pra vocês...
- [todos em coro] Ah, conta outra...eita lorota...se liga!!!
- [Patty responde] Serio gente! É so eu chegar com meu papo em cima das meninas de lá que elas ficam com vocês na hora!
- [eu interrompo] Ah ta. Se tu chegar com jeitinho nas meninas de la, é possivel que elas fiquem é com você!
- [Patty meio puta] Ah qualé...ic...curto isso não! PORRA GALERA!!! BORA LÁ! QUERO DANÇAR!!!
- [eu interrompo toscamente] Patty... NINGUEM VAI NESSA PORRA!!! NÃO ENTENDEU AINDA???
- [Patty responde cheia da moral] Qualé galera...se vocês são machos mesmo, eu quero ver vocês irem no Garagem agora!
- [todo mundo começa a rir e eu respondo] Pela madrugada...então você é daquela teoria, que macho tem que dar o cu 3 vezes pra ver se é macho mesmo?
- [Patty] Ah...nada a ver...ic...
- [Leo entra na conversa] Hahahahahahah...temos que postar isso!


Pelas 3 da matina todo mundo começa a vazar. A Patty, claro, repetiu mais umas 40 vezes "gente, bora no Garagem?", que todos faziam o favor de ignorar. Perto da porta, eu e Leo relembramos os lances mais engraçados da noite para se fazer um post bacana. Patty interrompe nosso papo meio nervosa:

- Seguinte...ic...nada a ver tu postar essas tosqueiras no Buldozer Reinaldo! Pô, vai queimar meu filme...ic...e se você postar, EU CORTO FORA SEU BINGOLIM!
- [eu respondo calmamente] Pode cortar, nem uso mesmo...


Reinaldo, o Bruto

domingo, 18 de janeiro de 2004

MOMENTO DIARINHO

Eu estava saindo do trabalho hoje e, cansado dos mesmos CD's que estavam no carro fazia um tempão, resolvi dar uma chance às FM's de Brasília. Só rolavam MPBzinhas chatas, pím-póin-póin no violão mesmo, com letrinhas pseudo-intelectuais falando das idiossincrassias da mente feminina. Falei logo para minha colega que estava no banco do carona:

- Putz, fala sério, quero ouvir é música de macho, porra!

Aí coloquei para rolar o CD com Big in Japan, do Alphaville.

Paulo Polzonoff sabe o que diz:

Sempre há uma cartilha, não é mesmo? Sempre é preciso rezar uma ladainha para agradar ao santo da vez. Isso me impressiona, sobretudo porque a literatura é vista como algo iconoclasta e, não raro, rebelde. Mas há um método até mesmo na rebeldia. E um método que visa à consagração daquilo que num primeiro momento é subversivo em status quo. O destino de todo discurso supostamente de vanguarda é se tornar reacionário num futuro próximo. Não há visionário que não queira ser o profeta de seu tempo.

É verdade...

sexta-feira, 16 de janeiro de 2004

DICAS NERDS BULDOZER

Frequência Global


Está sendo publicado pela Pandora Books e está no terceiro de doze números. Caro prá cacete (R$ 7,90 cada exemplar) mas não estou arrependido de ter pago. Uma ousada história de Warren Ellis (Transmetropolitan), mostra uma puta evolução do cara. Sem os exageros chatos de Transmet, a história descreve um grupo de mil especialistas nas coisas mais bizarras do mundo, que são financiados pelo G-8 para combater ameaças mais estranhas ainda. Difícil classificar, mas é quase como se fosse uma mistura de "Arquivo X" com "Os Invisíveis", só que mais charmoso e tão realista quanto pode ser uma história tão estranha. Destaque para as ilustrações: em cada número, é convidado um desenhista de destaque: no número 1, Garry Leach ilustra uma história onde um paranormal teleportador está prestes a teleportar uma arma nuclear para o centro de Los Angeles. No 2, Glenn Fabry mostra um supersoldado cibernético que resolve matar tudo que vê pela frente, após se olhar no espelho. No 3, Steve Dillon retrata uma forma de vida feita de informação pura que começa a tomar conta de uma cidade. Realmente imperdível, estou dizendo.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2004

MERDAS QUE RECEBO POR MAIL- O que é ser indie?




Como a Buldozer Inc. detesta indies e pseudo-intelectuais babacas, vou postar aqui um texto retirado do site Alucináticos (não vou linkar, foda-se!) que recebi por e-mail. Achei muito bom, vale a pena ler. Altamente indicado para o Israel Nancyboy. (Reinaldo, o Bruto)



1. O que é indie?

Indie é um daqueles rótulos-fantasmas que ninguém consegue definir claramente em menos de dez linhas. Mesmo que não haja um significado, o nome expressa erudição, intelectualismo e gosto refinado. É uma virtude desconceituada, por isso, ninguém se auto-intitula indie, embora todos soltem um fino sorrisinho quando são chamados de indie...

Em resumo, indie é um revoltado que não tem culhões para ser punk nem bíceps para ser careca, é um roqueiro que usa óculos e se orgulha disso, é um misógino que posa de bissexual e um junkie que nunca passou por uma boca; um bon vivant do rock que nunca entrou num pogo e um músico maldito que nunca se deparou com uma vaia. Num dicionário de vanguarda, indie seria caracterizado como um loser-wannabe-pseudo-anything.

2. Como definir uma banda indie? Pela postura ou pelo som?

Se for pela postura, uma banda punk de moçambique é mais indie que My Bloody Valentine, Sonic Youth e Velvet Underground juntos; se for pelo som, Oasis é tanto a banda mais indie do mundo quanto a banda mais popular da face da terra. Que seja dito e repetido, banda indie não tem nada a ver com o alternativo pelo simples fato de que todas as bandas indies têm como influência fundamental uma banda que se julgava mais popular do que Deus, os Beatles. Fica então complicado julgar uma banda indie, tanto pela postura quanto pelo som, já que em ambos os casos os indies decepcionam por motivos óbvios.

3. Como é o som indie?

Como o indie é um pretensioso cidadão do Primeiro-Mundo, que se esforça para eliminar qualquer resquício de samba do seu sangue latino, não é de se espantar que as bandas preferidas entre os indies cantam em inglês - inclusive as nacionais. Por isso, o estilo da moda entre os indies é o alternative country rock, gênero musical adorado pelo ícone indie nacional, o jornalista Lúcio Ribeiro, que dita o conteúdo dos cd-rs indies.

4. Que lugares os indies freqüentam nos fins-de-semana?

O lugar mais óbvio é alguma festinha onde algum pseudo-conhecedor de rock esteja colocando som, de preferência, em alguma casa do Lago Norte. Vale lembrar que indies normalmente não vão a shows, a não ser que seja do Prot(o) e no Gate's Pub. E por falar em Gate´s, todo indie que se preza vai à Quarta Vinil, o gueto da juventude pavoneada burguesa, frustrada, indefesa e inofensiva, que toma ecstasy, enche os bolsos do dono do Bar Piauí e fofoca sobre 'as últimas' dos fotologs e blogs com uma importância de quem discute a política do ALCA, além de esboçar alguma filosofagem recém-decorada de um livro de algum escritor alemão indicado na aula de comunicação da UnB, e, claro, divaga aos montes sobre a cena indie candanga. Todo o indie pode ser reconhecido escorado nos muros do Gate's fumando um Marlboro e bebendo uma Bohemia esperando que algum milagre o resgate da inutilidade da sua existência temerosa...

5. Pra ser indie é preciso ser gay?

Não necessariamente. É preciso agir como gay - melhor, como uma menininha, porque já que o lesbianismo é moda, toda a garota descolada curte um garotinho afeminado. Um indie precisa abrir mão da pouca virilidade que tem e aparentar tanta fragilidade quanto uma gazela, do tipo que seria esquartejado num show do Embalmed Souls em Sobradinho...

6. Eu moro em Taguatinga. Posso ser indie?
A não ser que ninguém saiba disso, pode. o indie movement é um grupo elitista que não aceita com bons olhos os suburbanos. Por isso, você pode ser até de Planaltina, desde que aja como um lagosulsense e possa pagar tal postura...

7. Existe indie do sexo feminino?

Embora todo o indie aparente ser assexuado, a nível patológico, existe sim diferenças sexuais, mesmo que mínimas. A garota indie usa óculos, tem aquela franjinha característica penteada de lado, piercing na língua, tatuagem de estrelinha e muito anti-depressivo nos neurônios. Expoente final de uma revolução sexual malfadada, as meninas indies vivem no eterno conflito interno de uma realidade onde a promiscuidade feminina é ao mesmo tempo uma evolução e uma aberração. Numa contradição existencial dessas, dá-lhe tricíclicos e benzodiazepínicos!

8. Além da música, quais os outros hábitos do indie?

Um indie típico finge admirar a arte num sentido amplo. Adora balé, jazz, música eletrônica e freqüenta todas as vernissagens que encontra pela frente. Indie também gosta ir ao teatro e festivais de cinema europeu. Quando fica em casa à noite, passa a madrugada baixando mp3 de bandas inexpressivas e com nomes estúpidos.

9. Meu pinto é pequeno. Posso ser indie?

O pinto não significa nada para um indie, porque, mesmo que pegue muitas meninas, o indie não trepa porque sua sexualidade é tremendamente deformada.

10. Qual o futuro da raça indie?

Cada vez mais, felizmente, os indies migram para o tecnopop. Alguns ainda freqüentam o rock, mas pela memória de Elvis, isso não deve ser estender por muito tempo. Porém, o futuro é agourento, já que a cena emo anda crescendo que nem câncer, e sabe-se, emo hoje, indie amanhã. Mas isso já é outra história...

terça-feira, 13 de janeiro de 2004

O POÇO NÃO TEM FUNDO- Para polícia da Índia, bigode significa autoridade e dinheiro




NOVA DÉLHI (Reuters) - Policiais do norte da Índia passaram a receber 30 rúpias (65 centavos de dólar) por mês para deixar o bigode crescer. O objetivo é conferir mais autoridade aos policiais, informou um jornal nesta terça-feira. Uma pesquisa mostrou que policiais com bigode são levados mais a sério, disse o superintendente da polícia do Estado de Madhya Pradesh, Mayank Jain, ao jornal "The Asian Age". Ele acrescentou, entretanto, que a forma e o estilo dos bigodes dos policiais serão monitorados para assegurar que eles não adquiram uma aparência de "malvados".


Esse post é para a galera que duvida do poder do bigode!!!! Sentiu a tua moral Igor?

Reinaldo, o Bruto

domingo, 11 de janeiro de 2004

MALVADOS NO COMANDO

Dessa vez detonando os artistas pseudointelectuais, e, ainda piores, os que vivem em volta deles admirando sua "genialidade". Confiram que vale a pena...

quinta-feira, 8 de janeiro de 2004

O POÇO NÃO TEM FUNDO- papel higiênico PACU!


Parece piada, mas não é. Aí está o papel higiênico PACU. Os caras conseguiram! So falta eu achar essa pérola nos mercados aqui de Brasília.





Reinaldo, o Bruto

quarta-feira, 7 de janeiro de 2004

REINALDO, O BRUTO- ditador do Brasil (parte 2)





Pois bem, mais alguns planos de governo da minha sangrenta ditadura (se quiser ler a parte 1, clique aqui):

6) Educação sexual nas escolas

Todos nós sabemos que o número de adolescentes grávidas aumenta a cada dia em nosso país. Pensando nisso, o meu governo ja tem uma solução: a educação sexual nas escolas. Para evitar que esse monte de adolescentes acéfalos comecem a trepar feito cães, nada mais justo que eles tenham aulas de educação sexual desde crianças, de preferência a partir de 6 anos de idade. E nada de aulas babacas que ensinem como o pênis ejacula, ciclo menstrual, o desenvolvimento do feto e essas baboseiras que a criançada aprende na rua mesmo. A educação sexual em meu governo será mais direta e hardcore. Para acabar com a gravidez de adolescentes, incentivarei a pratica da masturbação e o lesbianismo entre as adolescentes. Para ajudar as adolescentes mais tímidas na arte de chupar uma buceta eu contrataria celebridades craques no assunto para algumas palestras, como as cantoras Adriana Calcanhoto e Simone. Para as aulas de masturbação masculina, eu contrataria apenas experts, como os fãs de Matrix e Senhor dos Anéis. Aliás, iria escolher um dia do ano para se comemorar o "dia da punheta". Nesse dia, eu escolheria uma escola primária e faria uma visita surpresa. Ao entrar na sala de aula, eu mesmo daria a aula de masturbação, com direito a uma demonstração explícita do ato. Logicamente que nenhum aluno poderia gozar antes de mim, pois seria executado no mesmo instante.

7) Alfabetização em massa da população

O analfabetismo é um dos principais entraves no desenvolvimento desse país. Com isso, o meu governo iria instituir colégios militares por todo o Brasil, com uniformes impecáveis e um metodo de ensino bastante rigido. Todas as crianças maiores de 3 anos seriam obrigadas a irem para a escola, com pena de 15 anos de detenção para os pais que não as matriculassem.

A reprovação de alunos não seria tolerada em meu governo. Se algum aluno fosse reprovado, ele automaticamente iria para os locais de trabalho forçado por um prazo de 5 anos, para ver o que é bom para tosse. Os pais que por acaso se rebelassem ou reclamassem, iriam juntos.

8) Linha férrea Brasília-Fernando de Noronha

Todo ditador que se preze tem que ter pelo menos uma obra faraônica para mostrar a onipotência do Estado. Eu ja escolhi a minha: a linha férrea Brasília-Fernando de Noronha. O objetivo dessa obra é ligar Brasília (a sede do meu governo) a Fernando de Noronha, o lugar mais bonito desse país. Seria a primeira linha férrea transatlântica do mundo! E para construí-la, nada mais justo que utilizar o trabalho forçado dos inimigos do Estado, como alunos repetentes, intelectuais pró-democracia, pseudo-intelectuais, malabares de semáfaro, indies e toda essa escória underground. Logicamente que eles iriam trabalhar em um turno de 18 horas por dia e sem equipamentos de segurança. O objetivo dessas medidas você ja deve saber: que eles morram mesmo. E falando em genocídio de presos políticos, tive uma idéia bem bacana. A linha férrea vai cruzar o oceano na altura das praias de Pernambuco, e vou planejar o início das construções nessa área na estação do verão. É justamente nessa época que os tubarões infestam as praias, e com isso, incentivaria os meus operários-prisioneiros a tomarem banhos nas praias pernambucanas, distribuindo gratuitamente protetor solar com aroma de charque. Os tubarões vão economizar minhas balas pelo menos...

9) Apresentações excêntricas no "dia do ditador"

Eu quero ser um ditador que permaneça na memória dos brasileiros por gerações. Com isso, vou instaurar o "dia do ditador" em 28 de março (dia do meu aniversário), e irei fazer apresentações inesquecíveis em cadeia nacional. Algumas das idéias de apresentações em cadeia nacional:

- depois de fazer um discurso patriótico de 5 minutos, começo um show de sexo explícito com a minha primeira-dama Rê Ticências, com direito a fisting, ball busting e tudo o que eu tiver direito. No final, digo que aquilo foi feito em homenagem aos heterossexuais do país, e aproveito para chamar os câmeras para um segundo round de sexo com minha primeira-dama.

- faço um discurso patriótico de 3 minutos e chamo o meu "desbravador da honra", o Sr. Yakon Zangief, devidamente vestido com a fantasia do Tinky Winky. Em seguida, mando entrar a atriz pornô Sylvia Saint, e digo que ela está no país como uma maneira de estreitar os laços diplomáticos entre o Brasil e o leste europeu. Terminado o meu discurso, ela veste uma daquelas calcinhas com uma pica de borracha e come o Yakon.

- ao entrar em cadeia nacional eu ficaria mudo e estático por 15 minutos. Depois, me levantaria e iria embora. Ao me levantar, as pessoas iriam notar que eu estaria nu da cintura para baixo.


Pois bem cambada, meus planos de governo são esses. Espero que gostem. Se não gostarem, bem, recomendo que comprem uma passagem para fora do país o mais rápido possível. Quando eu me tornar ditador, eu não vou ter muita paciência com meus inimigos...


Reinaldo, o Bruto

PLANOS PARA 2004

Metas para o ano: Sexo, Drogas e Rock'n'roll
Prioridades de investimento: mulher e cachaça

segunda-feira, 5 de janeiro de 2004

Pensamento do dia


Faz tanto tempo que eu não vejo uma buceta que, se chegar um cara de pau duro me dizendo que aquilo é um clitóris avantajado, eu até acredito.


Reinaldo, o Bruto

domingo, 4 de janeiro de 2004

PLANTÃO BULDOZER- Chico come um traveco em Pirinópolis!!!


Alguém aí se lembra do Chico, aquele mané que teve a manha de ser assaltado e espancado por travestis no Conic (se você não leu, clique aqui)? Pois bem, estava conversando ontem com o San por ICQ e o cara me solta uma notícia bombástica: Chico catou um travesti em Pirinópolis, que tinha a cara do Maguila! Como o San está em Goiânia, ele não teve tempo de me contar a historia em detalhes. Mas fiquem tranquilos, assim que o San chegar em Brasília eu vou averiguar essa historia, e logicamente, fazer um post bacana a respeito.

Agora cá pra nós, Chico se supera. Além de bebum, o cara ainda tem tara por traveco...o poço realmente não tem fundo. Pelos menos vamos começar o ano com uns posts bem toscos!

Reinaldo, o Bruto

Lauro Montana é nomeado Superintendente Geral de Imigração da Polícia Federal


Montana demonstrando sua política em Cadeia Nacional de TV

Não se sabe quem ao certo ele andou chupando, mas Lauro Montana foi nomeado superintendente geral de imigração da Polícia Federal, e como primeira medida ele resolveu mudar as regras para a entrada de turistas americanos no país. Além de fotografar cada visitante nativo dos E.U.A., Montana ordenou que agentes da PF coletassem as impressões digitais dos referidos indivíduos e fizessem revistas íntimas nos cidadãos estadunidenses para checar se os mesmos portavam drogas ou explosivos.

- Temos que ser cautelosos, sabe-se lá como esses sujeitos podem planejar um ataque terrorista. Com apenas vinte deles devidamente “recheados”, dá para trazer bananas de dinamite suficientes para um ataque de homem-bomba – declarou o novo superintendente.

Apesar de não haverem registros de ataques de homem-bomba no país, Montana afirmou que era necessário “toda a firmeza no combate ao terrorismo” e resolvera travar uma “guerra preventiva” contra qualquer possibilidade de terror no país. Além disso, ele se declarou ferrenho combatente na guerra contra o narcotráfico.

- Não há esconderijo seguro para o vil produto do tráfico – disse Montana - Os soldados nessa guerra são nossos proctologistas, e suas armas são luvas devidamente esterilizadas.

Embora o novo tratamento ofertado aos turistas americanos seja alvo de grande polêmica, curiosamente não houve quaisquer reclamações proveniente dos turistas provenientes do estado americano de San Francisco.


Os gringos acabaram se acostumando com o procedimento, ao que tudo indica.

sábado, 3 de janeiro de 2004

REVEILLON BULDOZER- Parte 2




Antes de prosseguir contando sobre o divertidíssimo Reveillon dos manés desse blog, gostaria de contar algo que o Léo esqueceu de mencionar: eu comecei o ano com o pé na merda. Literalmente. Sujei os dois pés em merda de cavalo na Esplanada, em plena virada de ano! Um presentinho de ano novo dos cavalos da Polícia Montada do DF para mim. Fantástico! Vai ver isso era um aviso divino para eu voltar logo para casa, ou um recado de que o meu Reveillon não seria muito melhor do que aquela comemoração tosca da Esplanada. Mas não...resolvi ser corajoso e persistente. Convenci o Leo e o Demetrius para sairmos da Esplanada e irmos para uma festa techno no Park way, que estava "prometendo". A festinha era organizada pela galera do site Candangroove (clique aqui para acessar). Meus argumentos para convencê-los foram estes:

1) A nossa amiga Mary estaria lá com uma turma de amigas.

2) A possibilidade de comer mulher eram maiores na festa techno do que na merda da Esplanada (esse argumento não serviu para o Demetrius, pois o moço já está compromissado).

3) Ouvir techno era melhor do que ouvir aquelas músicas pedras do show da Esplanada.

4) Apesar de custar 35 paus para entrar, era a festa de Reveillon mais barata que estava rolando nas redondezas.

Não demorou muito e fomos para o Park Way, com a esperança de sacolejar os nossos molúsculos rodeados de clubbers taradas. Chegando na entrada, o Léo já solta um comentário brochante:

- Caralho, só tem macho!

Olhei ao redor e vi que o Leo tinha uma certa razão. Mas eu tinha esperanças no coração. Virei para o gordinho e falei "Relaxa cara, la dentro deve estar massa". Chegamos na bilheteria e lá estava o Lauro (vulgo Yakon Zanguief) trabalhando. Claro que eu tinha que zoar:

- Aê tio, libera a entrada pra gente aí!
- [cara de sem graça] Pô galera, nem rola, estou só no caixa, sabe...
- EU SEI IDIOTA! Pega logo a porra dessa grana...hahaha. Mas e aí, ta prestando a festinha?
- Ah bicho, entrou muita mulher. Muita gata!

Esse com certeza foi o enésimo vacilo da noite: acreditamos no Lauro. Cada um tirou 35 reais da carteira (tive ajuda de custos do Demetrius, mas da vontade de chorar mesmo assim!) e entramos. Ao entrar dei aquela espiada básica no local. Eram 3 ambientes, e em cada um rolava um estilo de música eletrônica diferente. Como o local era imenso, você tinha a falsa impressão de que a festa estava muito vazia. Nenhum dos ambientes chegou a lotar, o que acentuava essa impressão. O número de clubbers em roupas ridículas estava equilibrado com o de pats'n plays desorientados no recinto. A viadagem estava comendo solta, assim como as sapatas se catando pelos cantos. Mas enfim...rodamos os 3 ambientes até que ficamos em um que estava rolando electro. Era o ambiente com o som menos chato. Ficamos la dançando até que reparamos uma menina que se destacava do resto. Ela usava mini-saia jeans, uma mochilinha de couro nas costas e uma camisa branca colada. O que mais chamava a atenção é que a menina estava perambulando sozinha pela festa, e toda vez que ficava dançando ficava olhando em todas as direções como se procurasse alguma coisa. "Essa guria quer pica...", pensei. Uma hora ela saiu do ambiente electro e eu a segui sozinho, com péssimas intenções na cabeça. Ela foi comprar cerveja e acabou indo dançar no ambiente maior. Cheguei bem pertinho e comecei a dançar do lado dela, preparando o bote. Foi só olhar para a minha cara que ela saiu de perto rapidamente. Ganhei mais um toco em meu score! Mas tudo bem, ainda era cedo.

Voltei para o ambiente electro, onde estavam Leo e Demetrius. O som estava bem bacana, mas o chato mesmo era a falta de mulher na pista. Quando me refiro a mulher, me refiro aos seres do sexo feminino que não gostem de se atracar com outros seres do mesmo sexo. Mas festa techno tem dessas coisas. La pelas tantas, eu viro pro Leo e digo:

- Porra, esse som ta massa né?
- É mesmo, melhor que nos outros ambientes!

Foi so o Leo acabar de dizer isso que a caixa de som estoura. "Tô com sorte hoje", pensei com meus botões. Saímos do ambiente electro e o Leo aproveitou para comprar água. A água era caríssima (2 reais a garrafinha!), juntamente com as outras bebidas, o que ajudou a deixar o Leo mais puto. Comprada a água, fomos para o ambiente maior, onda rolava um som chato para caralho. Como não tinha nada melhor pra fazer, ficamos lá dançando que nem mané, olhando um para a cara do outro. Tive que aturar dois marombeiros se agarrando no meio da pista e um monte de clubber gatinha que ja tinha namorado. "Merda, merda, merda...", pensava sem parar. Pelas 4 da madruga, Demetrius reclama de dores no joelho e vai se sentar. Ficam somente eu e Leo na pista. De repente, chegam um grupo de meninas bem pirralhas na pista, e começam a dançar do nosso lado. As meninas deveriam ter entre 14 e 16 anos. Uma em especial me chamou a atenção: loirinha, baixinha, uma bundinha gostosinha e uma marquinha de biquini que ficava a mostra na sua camiseta regata. Hmmmmm...fiquei dançando pertinho e fiquei me preparando para o ataque pedófilo. E antes que alguém me critique: pedofilia está na moda. Até os padres católicos e o Michael Jackson estão nessa. Mas continuando...tomada a coragem, puxei assunto com a menininha. Como não poderia deixar de ser, o papo foi hilário:

- [chego junto colocando a mão em seu ombro] Oi, você tem um cigarro?
- Claro...[ela pega um cigarro em uma bolsa que está no chão]
- Meu nome é Reinaldo, prazer... [3 beijinhos básicos]
- Quer cerveja?
- Ah ñ...queria outra coisa...[vou para cima toscamente para dar um beijo]
- [ela se esquiva] Ah não..pera lá...eu tenho namorado!
- É mesmo? E cadê o cara?
- Ah...briguei com ele hoje...antes de vir pra ca tive a maior discussão com o cara...
- Jura? Que legal! Então deixa ele pra la e fica comigo ué!
- Ah não...eu ainda namoro ele ne? Sei la...
- E onde está ele?
- Nem sei
- Ele deve estar te chifrando...
- [risos] Fala serio...
- Pô, você é tão gatinha e aí sozinha...

Nesse momento a guria começa a falar de vários casos que ela ja teve. O mais curioso é que eu não perguntei nada:

- Sabe que eu tenho um ex que me liga direto do Rio dizendo que me ama?
- [faço cara de pouco caso] Serio?
- É. tem um outro ficante meu que me liga sempre também...hihihihi
- Legal...e como faço para entrar nesse time de ficantes seus?
- [mais risos bobos] Ah...nem sei...[faz cara de safadinha]

E esse papo chiclete continuou por mais um tempo. Logo, pecebi o joguinho da menina: a guria me dava corda, mas eu teria que babar MUITO o ovo dela para conseguir um beijo. Como eu não sou babaca para ficar bajulando mulher em festa, me despedi dela e chamei o povo pra irmos embora. No caminho comentei que a Mary acabou não aparecendo na festa (sorte dela!) e contei a historia da menininha para eles. Leo aproveitou para reclamar da festa:

- PORRA! 35 paus pra entrar nessa merda e nem mulher tem ! Que saco...quem manda esse manés serem mercenários? Se tivessem cobrado entre 15 e 20 paus essa festa tinha enchido! Que se fodam!
- É verdade - retruquei

No caminho para o carro do Leo, nosso Reveillon foi fechado com chave de ouro. Passa um carro com dois caras dentro que olham para o Demetrius e gritam:

- [voz aviadada] FELIZ ANO NOVO GOSTOSOOOO!!!!!

Ninguém merece.

Reinaldo, o Bruto

sexta-feira, 2 de janeiro de 2004

REVEILLON BULDOZER - Parte 1

Fim de ano, Reveillon, combinamos de comemorar, é lógico. Como bons unha-de-fome, combinamos de ir à Esplanada dos Ministérios assistir aos fogos e aos shows toscos que o governo do DF promove todo ano lá, no gramadão. Apesar da distância, resolvemos deixar os carros próximos a uma Delegacia no Setor Comercial Norte, por razões óbvias, e então eu, Reinaldo e Demetrius com a namorada e a prima chegamos lá às 23:30h e, é claro, no momento em que descemos dos carros, começou a chuviscar.

- Deus não gosta mesmo de pobre – eu disse – além de sempre chover às oito da manhã e seis da tarde, tenho certeza que ele vai fazer questão de foder o Reveillon do povão lá na Esplanada.

- É. Vamos para a casa do Léo. – Reinaldo falou, e eu concordei.

Após uma rápida votação, Demetrius e as meninas resolveram que iríamos para a Esplanada. Andamos menos de 700 metros, e a chuva desabou torrencial. Corremos para baixo de um viaduto, e o Demetrius, que sabiamente não queria passar o Reveillon debaixo da ponte, se ofereceu para correr debaixo da tormenta e pegar meu carro, o que rolou.

- Foda-se a democracia – eu disse – vamos lá para a minha casa, ainda dá tempo de chegar antes de meia-noite. Reinaldo concordou.

Com ou sem a concordância da galera, fomos lá para casa, porque se por um lado não sou feito de açúcar, por outro não tenho guelras. Minha varanda tem uma vista bem panorâmica, dá para ver a Asa Norte e o Lago Norte , bem bacana mesmo. Estouramos um champanhe, abrimos um uísque, botamos música para rodar...era pouca gente, mas achei que íamos ficar numa boa, vendo os fogos da cidade inteira (inclusive os da Esplanada)...meia-noite e meia reparei que, apesar da namorada do Demetrius estar aparentemente numa boa, a prima dela estava com um bico de fazer inveja ao Pato Donald...eu disse:

- Deixa só a gente acabar esse copo de uísque e a gente vai para Esplanada, ok? Já parou de chover mesmo.

E foi assim. Paramos lá na Esplanada mesmo, e fomos em direção ao show. Depois que a gente rodou um pouco por lá, fiquei sabendo que as meninas estavam procurando os parentes delas, entre as dezenas de milhares de pessoas que haviam por lá, baseadas em uma informação de celular dizendo que eles estariam “à direita do palco”. Achei a idéia fantástica, e comentei isso com o Demetrius e o Reinaldo. Não sei se as meninas ouviram, mas vi a namorada do Demetrius tendo uma conversa rápida com ele, e saindo andando e fazendo bico, as duas dessa vez. A conversa deve ter sido produtiva, porque de repente o Demetrius pareceu bem puto. Após vinte minutos esperando elas voltarem, decidimos ir para uma tal festa techno que haveria no Park Way...foi aí que nossos problemas começaram.

Eu já estava sabendo dessa festa, e não estava muito animado:

- Reinaldo, sinceramente: você acha que alguém que coloca o Lauro no caixa pode estar fazendo uma festa organizada e bem planejada?
- É verdade...o Lauro é um cara honesto, mas com aquele jeito de mané dele para dar um troco errado, ou alguma merda do tipo, é daqui prali...

Nós fomos para o cafundó do Judas do Park Way, mesmo assim. Acreditávamos que por ser o único evento desse tipo em Brasília no dia, poderia ir gente o suficiente para ser legal. Após a longa jornada até o final do universo, tivemos um choque no portão:

- Putz, só tem macho na porta dessa festa.
- Dezenas deles. Uma mulher aqui, outra ali.

Até então poderíamos ter direcionado de forma construtiva nosso livre-arbítrio. Poderíamos ter dado a meia-volta, economizado cento e cinco reais e ter pego o caminho de volta até a Esplanada dos Ministérios, para promover um pequeno pedaço da paz na Terra, e tentado ajudar na reconciliação entre o Demetrius e sua garota no começo de um novo ano. Mas como para isso teríamos que localizá-las “à direita do palco”, achamos melhor entrar na festa. E foi aí que nossa “diversão” começou...