domingo, 31 de agosto de 2003

Algumas impressões sobre o primeiro encontro de blogueiros do DF

Como bons nerds, nós, do Buldozer, resolvemos baixar em peso no primeiro encontro de blogueiros do DF. Imaginem então Daniel, Demetrius Ogro, Leo Corbusier e Reinaldo, o Bruto, simpaticamente se dirigindo ao Marieta Café, para se encontrar com pessoas que contam suas vidas e expressam o resultado de suas reflexões na Internet. Obviamente, nada de saudável poderia surgir daí, pelo menos é o que eu pensava. Para piorar tudo, a Thaís tinha tentado nos animar no rolo compressor do post anterior, dizendo que a Internet não era feita só de nerds gordos de óculos, gagos e mulheres barangas. Olhei-me então no espelho, e vi um nerd gordo e de óculos. Lembrei do Reinaldo e do Daniel jogando Counter Strike, e do tanto de vezes que fomos todos juntos em rodízios de massas, no Habib’s, no Giraffas, no MacDonald’s... ao contrário do que pensa nossa amiga Thaís, rótulos são rótulos porque são verdadeiros.

Esperava desse encontro um desastre absoluto, e estava indo mais pelo exótico. Já tinha combinado com o Reinaldo de salvar a noite soltando pipocos quando a mesa começasse a descambar para a pseudointelectualidade (padrão aqui de Brasília):

- Leo, quando a pseudice começar, é pipoco pra todo lado, ok?
- Lógico. A uzi já tá engatilhada.

Chegamos juntos, por trás de nossas barrigas, óculos e rostos redondos. O que posso dizer? As pessoas conseguiram me desarmar nos primeiros cinco minutos. Fomos bem recebidos e, por mais que esperássemos, não tivemos que agüentar qualquer papo imbecil sobre o sentido da vida, sobre a maldade da rede Globo ou sobre como relacionar a autofelação com o movimento dos sem-terra. Também não tive que agüentar babaquices de patricinhas ou imbecis tirando onda porque é filho de fulano ou sicrano, nem parecia que eu estava em Brasília. Embora eu já estivesse pronto para eles, NENHUM dos seguintes diálogos foi necessário:

- Oi, vc sabia que sou bruxa?
- É, tem cara mesmo. Já ouviu falar em plástica?
OU:
- Minha casa tem duas piscinas, é um barato!
- Também acho isso super positivo, sua chance de morrer afogada é duas vezes maior!
OU:
- É muito legal ter um Audi, já dirigiu um?
- Dirigir não, mas já quebrei os vidros de um monte com meu pé-de-cabra.
OU:
- Tudo é tão difícil, ninguém me entende!
- Nem eu, porque você não se mata?


Todas essas permaneceram no pente, mas isso logicamente não quer dizer que eu deixei a uzi no carro. Ela estava no colo pronta para a primeira oportunidade, mas na verdade rapidinho me esqueci da minha vontade de atirar. Gostei da maioria das pessoas. Algumas ficaram a maior parte do tempo caladas, só ouvindo, o que é sinal de inteligência. Outras conversavam com fluência e sobre assuntos interessantes. Como é comum aqui em Brasília, que é pequena como um ovo de codorna, rapidamente identificamos os amigos e conhecidos comuns da cidade durante o bate-papo. Fiquei feliz com o nível do pessoal, e ao contrário do que aconteceu comigo nos poucos desses encontros de internet que fui, me senti à vontade entre as pessoas. Essas são minhas impressões sobre algumas delas:

- Thaís (Princesa de Paus): a Grande Timoneira do encontro, a Mao-Tsé-Tung da galera. Valeu, garota, o encontro foi bacana e a gente te deve uma.

- Dani (Quero Vodka): Fantástica. Além de gostar de vodka, também detesta o Space Bar e conta histórias que te matam de rir, sem dúvida tem o espírito Buldozer.

- Mayra (Milk Shake): Esbanja simpatia. Como ela, também não entendo como alguém pode pagar 5 mil numa bolsa ou um milésimo disso numa VOGUE.

- Juliana (Point) : Menina legal, uma das inteligentes. Tem um blog rosa com a Hello Kitty no topo, e tomou um dos poucos pipocos que soltei na mesa justo por conta disso. Mas ela sabe que foi sem querer (querendo), eu não queria provocar ela em específico. Só queria zoar qualquer pessoa com blog da Hello Kitty.

- Marcos Valério: Noivo da Thaís, outro dos inteligentes. Foi o recordista de pipocos da noite, tendo tomado dois balaços: meu e do Reinaldo. Já eu falo disso.

- Metralhadora Descontrolada : Nunca vi alguém com tanto fôlego. No caso dela é legal, gosto de pessoas que falam bastante, desde que falem coisa com coisa e sobre assuntos interessantes. É o caso da menina.

- João Damasceno (Eu Ninguém): Outro dos inteligentes. Falou pouco mas acrescentou. Legal, cara.


As outras pessoas que não citei ou linkei, saibam que minha memória é tão boa que o Reinaldo costuma me chamar de Lenny (homenagem ao Leonard, protagonista do filme Amnésia). Não se chateiem comigo.

Bem, o encontro estava um maravilha, até chegarem os caras do Perturbados. Como eles chegaram BASTANTE atrasados, resolvemos aproveitar e fazer uma segunda roda de apresentações. Quando me apresentei, o prego recém-chegado me perguntou:

- Buldozer? O que é isso?

Pergunta comum, até aí tudo bem. Ninguém tem a obrigação de saber. Respondi:

- Buldozer é um daqueles tratorzões que a gente usa para fazer terraplanagem.
- Ah, então vocês são "peão de obra"!

Nenhum pipoco bom o suficiente para martelar o prego passou pela minha cabeça. Achei melhor só responder seco:

- É isso aí.

Porque "é isso aí" foi só o que eu pude pensar para não estender muito o diálogo com um mané desse calibre. Se eu fosse mais rápido, podia ter respondido:

- Pião gira mas prego afunda, babaca.

Ou :

- Sou peão de obra sim. Já nadou no cimento?

Ou ainda:

- Chupe-me, imbecil.

Não que eu considere "peão de obra" uma ofensa, mas ficou bem claro que a intenção dele era essa. Para sentir a diferença do tom, quando no começo da noite as meninas fizeram a mesma pergunta sobre o nome do blog e eu dei a mesma resposta, elas perguntaram: "vocês são engenheiros, ou coisa do tipo?" Essa é a diferença entre seres humanos e montes de merda. Subseqüentemente, os quatro começaram a pedir uma porrada de coisas, e um deles (o prego) começou a falar alto e monopolizar a conversa. Foram embora tão rápido quanto chegaram, o que foi bom. Algumas pessoas já tinham ido embora antes, e a partir daí todo mundo começou a sair, momento em que aconteceu o Grand Finale: APÓS JUNTAR TODA A GRANA, FALTAVAM 25 REAIS PARA COMPLETAR O VALOR DA CONTA.

Na primeira conferência, descobrimos que estava relacionado na conta um sanduba de dez contos que ninguém havia pedido (todos estávamos de olho no que os outros pediam). Fora isso, parecia tudo certo. Refeita a conta, havia ainda um déficit de 15 reais. Neste momento, estávamos eu, Reinaldo, Thaís, Marcos Valério, Dani e João. Thaís perguntou:

- E aí, e agora?

Respondi a única coisa que poderia ser respondida:

- Vamos socializar o prejú.

Após o rateio do que não comemos ou bebemos, começamos a pensar em quem poderia ter sacaneado. Durante a noite, cada um observou um pouco o movimento da mesa, e as pessoas que haviam consumido bastante e saíram mais cedo, em geral as víamos calculando com papel e caneta aquilo que tinham consumido (como eu fiz, apesar de não ter saído cedo). Adivinha quem eram os únicos que não vimos fazendo um cálculo cuidadoso de seus gastos e foram embora mais cedo? Isso mesmo! A galera dos Perturbados...claro que isso não quer dizer muita coisa...eles deixaram trinta contos na mesa, podem simplesmente ter feito uma conta errada, mas ter agido na maior boa intenção. Ou podem nem ter sido eles, como as coisas no Marieta Café são meio caras e a maior galera foi embora mais cedo, basta umas três ou quatro pessoas esquecerem de incluir os dez por cento do serviço no seu cálculo para chegar a quinze contos. Ou ainda os caras podem ter feito o cálculo certo, deixado a grana certa e a gente estar sendo absolutamente injusto.

Mas lógico que nosso espírito Buldozer não levava em consideração fatos tão simples e óbvios. Para mim e para o Reinaldo estava bem claro que tinha sido os caras. Por que achávamos isso? O Reinaldo resumiu tudo:

- Pregos! Por que todo cara metido a simpático gosta de botar no cu dos outros?

Esse era nosso filosófico argumento para culpar os sujeitos. O Marcos Valério chamou a atenção para isso:

- Pô, vocês mesmo disseram que não tem certeza de que tenham sido os caras. Ainda agora estava todo mundo conversando numa boa, agora detonar os caras pelas costas, nada a ver essa atitude...

Cara legal, argumento razoável. Mas quem nos conhece sabe que é o mesmo que pedir pipoco. Minha uzi cuspiu primeiro:

- Não se preocupe, vou detonar pela frente também. E não sou advogado nem juiz, não preciso provar porra nenhuma. Eles foram os únicos dos que consumiram bastante que eu não vi fazendo cálculo no papel, isso para mim é o suficiente.

Ou seja, "eu não fui com a cara dos sujeitos, isso para mim é suficiente". Sou uma pessoa bacana e razoável, como podem ver. O Reinaldo também passou o rolo compressor:

- Neguinho consumiu, não pagou e agora a gente está tendo que arcar com o prejuízo. Dá licença de eu ficar puto?

Nem a Thaís perdoou:

- Não se preocupem...esqueceram que a gente tem a foto deles?

Acho que ela também gostou dos caras.

Não me entendam mal, como disse no começo, me amarrei no encontro. Pretendo ir nos próximos, inclusive, e encontrar as pessoas, gostei da galera. Peço, contudo, que bebamos em algum lugar cujo serviço seja feito em comanda individual.





sexta-feira, 29 de agosto de 2003

BULDOZER LEVA A VERDADE AO MUNDO DOS BLOGS

Spock é um ex-picolino e blogueiro aqui de Brasília. Um dia desses, publicou o seguinte post:

"Faça o que quizer há de ser toda a lei!"

Tô sem saco pra escrever hj... talvez apareça mais tarde...

"Amor é a lei, Amor sob vontade!"
:: Spock 10:18 AM [+] Aeee!!! [5] otários comentaram!!!! ::
...


Respondi implacavelmente nos comments:

"Alesteir Crowley era uma bicha. Um ex-Picolino deveria respeitar os mandamentos do heterossexualismo saudável e não publicar seus escritos."

E ele respondeu com esse esclarecido post:

Comentando os comments:

"Alesteir Crowlay era uma bicha. Um ex-Picolino deveria respeitar os mandamentos do heterossexualismo saud?vel e n?o publicar seus escritos." - Leo Corbusier

CARALHO!!!! Alguem reconheceu essa porra... To de cara agora... To ligado que essa porra de Hadit, Nuit e Hoor Pa Kraat de cu e' rola, mas caralho... alguem reconheceu... to MUITO de cara...


:: Spock 1:13 AM [+] Falem alguma coisa!!!! ::
...


É, o esclarecimento das pessoas anda evoluindo bastante, pelo menos o de algumas delas! Espero que ele e o Gory pintem nesse encontro de blogueiros, seria muito bom que tivéssemos um número significativo de toscos fazendo valer o espírito da terraplanagem por lá.

quinta-feira, 28 de agosto de 2003

A Princesa de Paus fez um post dizendo que anda a fim de transar com um marciano...sexo com alien é punk, pelo visto a menina é mais ousada que ex-coroinha. Se alguém tiver lendo isso de um disco voador, pinta no no encontro de blogueiros sexta-feira que a mina vai estar lá, aliás mais do que isso, ela que está organizando.

1º ENCONTRO DE BLOGUEIROS DO DF

No Marieta Café da 210 sul. Sexta, dia 29/08, às 20:00h. Vamos ver de uma vez se o poço tem fundo ou não, afinal.

quarta-feira, 27 de agosto de 2003

Mais uma festinha indie em Brasília



Estava aqui em casa de bobeira quando o Leo apareceu por aqui. Papo vai e papo vem, ele me avisa de uma festinha organizada pela Kingdom Comics (loja especializada em quadrinhos e nerdices em geral), que vai rolar nesse sabado (30/08), no muquifo do Space bar . Como estou de saco cheio de ir em festa ruim, comecei a evitar qualquer evento que se encaixe nas "leis da festa loser", que são:

1) Festa em qualquer lugar a mais de 30 km da minha casa (chácaras do lago Norte, muquifos de Taguatinga, mansões assombradas do Park way, etc)
2) Festa frequentada ou organizada por indies (nada contra os caras, mas mulher que calça tênis All star imundo, roupa de brechó, usa 15 piercings no corpo e pinta o cabelo de vermelho não me atrai nem um pouco!)
3) Festa que tenha o Lauro Montana como DJ (Nirvana e outras bandas de rock porrada são pouco dançáveis para o meu gosto)

Como a gente começou a bater um papo interessante sobre festas ruins, e como a festa da Kingdom se encaixa nos itens 2 e 3 das "leis da festa loser", resolvi editar a conversa e postar aqui:

- Sente a tragédia, Reinaldo. [mostrando o flyer acima]

- Hmmmm...mais uma festa indie? E organizada pela Kingdom? Indies nerds?? Mas que mistura exótica...

- Exótico é o Boy George... essa mistura é a porra mais loser que eu ja vi na vida...só quero ver.

- [Eu pego o flyer e olho com atenção] Caralho, Lauro vai tocar nessa merda! Coitado dos caras!!! Será que eles curtem ficar batendo cabeça na pista de dança? Ou será que eles curtem ouvir as mesmas sequências de músicas indies de sempre?

- Eles de repente curtem...mas as mulheres, nem as indies aguentam. Pelo menos nas festas do Lauro que eu fui, passava de 1 da manhã, o panaca so botava som porrada na pista, até as indies escrotas saíam e ficavam 3 ou 4 langos dançando, eu inclusive, na falta de coisa melhor pra fazer.

- Mas tu também hein gordo? E tu lembra daquela festa merda no Armageddon? Bebida cara e quente, 50 machos para cada mulher e o Lauro so mandando porrada na pista. Impressionante! Mas tu vai arriscar ir nessa merda da Kingdom? E olha que cult: em homengem ao "mestre" Afonso Brazza. O que um diretor de filme trash tem de mestre? Mestre de quem aliás? Chupem-me...

- Mestre de quem eu não sei, mas espero realmente que ele esteja sendo usado como camisinha pelo capeta lá no lugar para onde ele deve ter ido. Além dos filmes dele sempre terem sido uma merda, não da pra esquecer que o filho da puta fez campanha para o Roriz. Quanto à festa no Armageddon, não tinha 50 machos para cada mulher porque não tinha nem a pau 50 pessoas naquela porra. Mas o pouco que tinha foi o suficiente para o lugar ficar um forno. Nunca vou esquecer a cerveja quente vendida a 2 reais a lata. Quanto a ir nessa festa, so se for pelo exotico mesmo...mas acho pouco provável.

- Exótico? Mas o Boy George mora em Londres mané! E voltando um pouco o assunto: o que o Brazza tem de cult?? So por que o cara fazia filme tosco com roteiro sem pe nem cabeça e usava atores amadores? Por que usava Brasília de cenário? Mermão, indie so tem merda na cabeça...aposto que se eu fizesse um filme que me mostrasse chupando o meu próprio pau e exibisse no Cine Academia, eu seria considerado o cara mais revolucionário da arte underground do DF! Ia ter grupo de discussão na net para tentar entender a transgressão de um cara chupando o próprio pau e a ligação que eu teria com o Movimento dos Sem terra e com o pensamento vivo de Che Guevara.

- Assim, cara, justiça seja feita, o mérito do Brazza - o único, na minha opinião- é que o cara era raçudo. No começo da carreira, tirava tudo do bolso dele e não abria concessão para porra nenhuma. Inclusive, ele tinha uma regra muito tosca: o ator que errasse a cena pagava o negativo queimado. Isso era massa! Agora, no momento em que ele pegou 150 mil do Ministério da Cultura e produziu aquela merda de "No Eixo da Morte", fiquei puto. Ele só pode ter atochado o dinheiro no próprio rabo. Achava antes que ele era um cara que produzia filmes toscos por falta de recursos, mas que fazia o que era possivel porque era macho. Mas depois que ele passou a pegar grana do governo para fazer as mesmas merdas - aquele "Inferno no Gama", por exemplo, custou 5 mil reais, e "No Eixo da Morte", que custou 150 mil, não é um filme melhor - passei a achar o sujeito um bosta. Quanto à auto-felação, talvez você esteja certo, mas acho que o Marilyn Manson chegou primeiro. Seria uma cena bacana, de qualquer forma.

- Marilyn Manson transa homem e tirou duas costelas para conseguir chupar o proprio pau. É o que dizem pelo menos...eu, ao contrario, transo mulher e consigo chupar meu pau sem muito esforço. So tenho medo de quebrar o pescoço uma hora dessas...

- Depois de ler isso, so quero ver que mulher vai querer te beijar...

- Foda-se, meu pau é limpinho!

- Grande merda se tu não mete ele em ninguém. Vai ver que é por isso que vive limpo. De qualquer forma, tu pode ir na festa e depois quebrar o galho com o Lauro na saída. Por carona ele faz qualquer coisa.

- Peraí bicho! Homem eu so como o Demetrius. Finalmente o cara aprendeu a contrair no momento certo aquele esfincter frouxo. E o cara é bem limpinho...mas cacete, vocês poderiam dar um banho no cara e fazer uma lavagem intestinal depois de comerem o bailarino. O cara sempre chega com porra velha vazando!

- Num tô nem aí pra isso, não gosto de cu de homem. O boquete que ele paga está de muito bom tamanho pra mim. E aí, o que você acha que o Lauro vai tocar?

- Com certeza vai rolar Lucious jackson, Beck, Pixies, The Hives e todas essas merdas do universo indie. São até musicas legais de se ouvir em casa, mas para dançar....

- De tudo o que você falou, so conheço Pixies e realmente é indançável. Mas os indies conseguem...será que os bichos usam walkman tocando alguma outra coisa enquanto dançam Nirvana?

- Se você chama de dançar ficar batendo cabeça e dando pulinho que nem metaleiro imbecil, aí sim pode ser. Mas além de música indançavel, por que em toda festa indie agora tem a maior viadagem comendo solta? Sempre tem uns caras se pegando e meninhas de visual moderninho se amassando no meio da pista de dança. Va tomar no cu...vão pro Garagem cacete!

- Sempre teve um pouco de viadagem no underground brasiliense. Aliás, acho que os pulinhos são por conta do cu piscando.

Reinaldo, o bruto e Leo Corbusier



MERDAS QUE RECEBO PELA INTERNET

Essa quem me mandou foi minha prima de Fortaleza (que na verdade é paraense e está morando em Salvador). A merda anterior (como escrever gaúcho em chinês), quem me mandou foi meu tio do Tocantins. Eta familiazinha arretada essa minha... =)

Galo cearense (MOMENTO CULTURAL)

Era uma vez um fazendeiro que tinha um galinheiro com 180 galinhas e estava a procurando um bom galo para produzir ovos. Um belo dia, o fazendeiro vai até o povoado, entra na galeria e diz para o galeiro:

- Boa tarde! Procuro um bom galo capaz de cobrir todas as minhas galinhas.

- O galeiro pergunta: Quantas galinhas tens? – 180, diz o fazendeiro.

Então o galeiro puxa uma gaiola com um galo enorme, musculoso, com a crista de pé , olhos azuis e uma tatuagem dos Rolling Stones no peito, e diz para o fazendeiro:

- Leva esse aqui, é o Pedrão, ele não falha.

O fazendeiro leva o galo e no dia seguinte, pela manhã, solta galo o no galinheiro. O galo sai correndo, pega a primeira galinha, e dá duas sem tirar, pega a segunda, dá a primeira, e quando estava na segunda ... cai morto.

O fazendeiro olha e diz: - Aquele galeiro filho da puta. Esse galo comeu duas galinhas e capotou. Então, pegou o galo pelo pescoço, levou-o até o galeiro e contou o que aconteceu. O galeiro se desculpou apresentando-lhe outro galo. Este era preto, de crista amarela, olhos negros e tênis da Nike. E diz para o fazendeiro:

- Esse aqui é o Rodman. Dá uma olhada no trabalho dele e depois me conta.

O fazendeiro volta para a fazenda com o galo e repete a manobra: Solta o bicho no galinheiro e o galo sai alucinado. Come a primeira galinha de pé, pega a segunda e traça-a encostada na cerca, com a terceira ele faz um 69 e quando está pegando a quarta, cai morto no meio do galinheiro.

O fazendeiro, emputecido, pega o galo e vai falar com galeiro:

- Escuta aqui, ô filho da puta. Este é o segundo galo que tu me vendes e que não presta pra nada. É melhor você me vender um galo decente ou vou tocar fogo em tudo aqui, sacou cara!!!

Então o galeiro mostra-lhe um galo miúdo, pelado, cabeçudo, sem crista nem penas, com olheiras, corcunda, com tênis Bamba de lona e uma camisa azul clara com os dizeres “Maracanã 1950 “ e diz ao fazendeiro:

- O lha, é só o que me resta. O nome dele é Severino.

- Que é que eu vou fazer com este galo cearense todo fu... pensa o fazendeiro. Chegando à fazenda solta o Severino no galinheiro. O galo arranca a camisa e sai enlouquecido comendo todas as 180 galinhas. Dá uma respirada e come as 180 de novo. Sai correndo e enraba o pastor alemão, aí o fazendeiro o pega, dá dois sopapos para acalmá-lo e tranca-o na gaiola.

- Porra, que fenômeno é este galo!!! Pensa o fazendeiro.

As galinhas estavam enlouquecidas com o Severino.

- Que o Severino é isto ... que o Severino é aquilo..., é uma loucura total, todas as galinhas estavam querendo mudar-se para Juazeiro do Norte – Ce ( terra natal de Severino).

No dia seguinte solta o bicho de novo. O Severino sai levantando poeira, dá duas voltas no galinheiro faturando tudo que é buraco com penas que encontrava pelo caminho. Sai correndo e come o cachorro, o porco e vacas. O fazendeiro corre atrás, pega-o pelo pescoço, dá umas chacoalhadas para acalmá-lo e joga-o na gaiola.

- Que galo sacana, vai me cobrir a fazenda inteira!!, diz o fazendeiro todo satisfeito. No dia seguinte, vai buscar o galo e encontra a jaula toda arrebentada.

- O Severino fugiu !!! Sai correndo para o galinheiro e encontra todas as galinhas fumando e assobiando. Lá fora o porco com o rabo para o sol, as duas vacas deitadas no chão com a perereca vermelha falando no Severino, o cachorro com a bunda assada, e pensa:

- Ele vai comer o gado do vizinho, vão me matar !!!

Então pega o cavalo e sai procurando o Severino sem descanso, seguindo a pista deixada por ele ( cabras suspirando, bodes passando hipoglós na bunda, uma tartaruga que perdeu o casco no tranco, um touro provando lingerie, três capivaras mancando, um pônei sentado no gelo, um bambi curado de hemorróidas... até que de repente, à distância vê Severino caído no chão.

Uma cena desgraçada!!! E os abutres voando em círculos, se babando de fome.

Quando viu os abutres sobrevoando, o fazendeiro entendeu a situação.

- Nããããooooo, Severiiiiiinoooooo !!!! . Morreeeuuu Severiiiiiinooo!!!!! . Logo agora que tinha encontrado um galo de verdade !!! , ... E no meio do lamento, cuidadosamente o Severino abre um olho, olha para o fazendeiro, pisca e diz:

- Shhhhhhhh !!!! Fica quieto que eles estão quase descendo.

sábado, 23 de agosto de 2003

COLABORANDO COM A YAKUZA

Faz uns dez dias fui comemorar meu aniversário no Space Bar, um local aqui de Brasília que eu pensava ser um bom bar de rock. Tem três ambientes pequenos, não é muito quente e seu visual é simples e aconchegante. Nas outras vezes em que eu tinha ido, estava rolando um ótimo som, e estava cheio na medida certa: não demais, apenas o suficiente para uma casquinha saudável. Que engano cometia ao gostar do lugar... eu mal sabia que o bar era um verdadeiro reduto das trevas. Já desconfiava que no dia marcado haveria um encontro dos manés da "Terra Chat - Brasília Sala B", porque os panacas vivem lá, assunto que, aliás, merece uma explicação à parte:

O Mao-Tsé-Tung dessa galera do chat, por coincidência, é um grande amigo da galera aqui do Buldozer, o Sr. "Barman Infiernal". Ele vivia falando "como tem mulher gata naquele Chat, ah se eu não fosse casado, elas me dão mole, elas fazem grupal, seu eu quisesse comia, mas eu amo minha mulher..." e o blá-blá-blá de sempre de neguinho que quer impressionar. Tudo bem, tem mulher gata que freqüenta aquela porra sim (o sujeito foi até gente fina de apresentar uma das únicas). Algumas. Mas a IMENSA MAIORIA é de mulheres horríveis, quero dizer, não que eu seja nenhum Adônis, mas um dos meus pressupostos de vida é muito claro:

"Gordo já basta eu!"

Mulheres com os dentes podres, pernas tortas, doentemente magrelas, parecendo botijões de gás, essa turma é em sua maioria um verdadeiro show de aberrações. E estavam todos lá no dia, "enfeitando" o ambiente. Mas eles sustentam o lugar, porque estão sempre lá, e o dono até deixa os sujeitos entrarem de graça. Mas como isso já era esperado, não me espantou. Fiquei sim assustado é com o som que estava rolando.

No começo da festa estava rolando MPB, o que eu estranhei por esperar um bar de rock, mas não me incomodou, porque eu também gosto e é até melhor para que as pessoas possam bater papo. Depois, contudo, começou a tocar um som nada ortodoxo, como música baiana, funck nacional e outras tosqueiras. Fui perguntar para o dono do bar o que estava acontecendo, e ele disse que "o dia do rock era quinta-feira, na sexta o som era variado". Porra, bota variado nisso, a mistura que ele estava fazendo era como comer strogonoff misturado com língua de boi e morango: completamente incoerente e intragável, Kid Abelha e MPB misturados com funk, músicas baiana e sertaneja, MUITO nauseante. Fiquei espantado.

Não bastasse isso, o segundo andar do muquifo tem uma porra de videokê. Cacete, quer algo mais irritante que aquela merda de videokê? Não que eu seja um tradicionalista idiota que ache necessária a presença daquelas bandas meia-boca e mal ensaiadas que tinham nos antigos "karaokês", e com certeza foi uma boa o sujeito acompanhar as letras da música na tela da TV, o que poupa a gente das performances fodidas de quem esquece a letra. Mesmo assim, aquelas musiquinas "MIDI" são a coisa mais tosca do universo, dá até desânimo ver uma música boa ferrada por aquela porra de som de Atari que tenta se aproximar dos arranjos originais. Além disso, se tem uma merda de recurso de vídeo, porque não se fazem uns clipes e montagens decentes para acompanhar as músicas, que tenham a ver com as mesmas, em vez daquelas paisagens xarope? Bando de picaretas que inventaram essa merda...ainda bem que ninguém da minha galera quis subir naquela porra, só se passava por lá para mijar nos únicos banheiros do local que ficam no segundo andar. Se eu tivesse algum amigo numa cadeira de rodas, precisaria ter marcado o aniversário em outro canto.

Como eu e meus amigos já estávamos lá mesmo, ficamos sentados na mesa conversando. Foi então que o Zechiro nos contou que aquele mesmo lugar, antes de ser um bar, era ponto de encontro da Yakuza local, onde faziam suas reuniões e traçavam suas estratégias. A idéia me pareceu um tanto inverossímel, mas é verdade que os donos do Space Bar são três irmãos orientais daquele tipo idêntico, saca, que dá um certo trabalho para distinguir um do outro. Isso constatado, alguém na mesa levantou a hipótese do Space Bar existir tão somente para lavar o dinheiro da Yakuza. O Reinaldo e o Zechiro contestaram, afirmando que os donos do bar eram coreanos:

"É tudo a mesma merda!" , eu disse na lata.
"Coreanos são muito diferentes de japoneses!", Reinaldo retrucou (apesar de ser negro e não ter nada a ver com isso).
"Esses porras tem tudo o olho puxado, é a mesma merda sim!" insisti.

A discussão continuou por aí. Eu ainda acredito que o Space Bar existe para lavar o dinheiro da máfia japonesa, e se um dia você, leitor, resolver comemorar seu aniversário lá, lembre-se: você estará colaborando com a Yakuza e de quebra se arriscando a adentrar as trevas da "Sala B". Aliás, acabei de me tocar: o nome do lugar é um trocadilho com a barra de espaço, a "space bar" do teclado. Putz, pseudo e nerd é o cúmulo total.

POST ESCROTAMENTE EDITADO

Esqueci de descrever o final da noite, a conclusão de ouro. Após todos irem embora, bebi como um gambá, dei em cima de duas bruxas do chat (tomando toco de ambas) e ainda cantei Legião urbana no videokê. O poço não tem fundo.

MERDAS QUE RECEBO PELA INTERNET

Esse é um mais um serviço de utilidade pública, de intercâmbio cultural, providenciado pela Buldozer Consulting Ltda.

Aprenda a escrever "gaúcho" em chinês:



Curiosamente, o ideograma também é usado para o nome próprio "Demétrius", de origem russa. Interessante, não?

Quando estava quase terminando o post sobre o Space Bar, reli e achei uma merda. Falava mais sobre minha "festa" de aniversário naquele lugar escroto que sobre o muquifo em si. Depois sai esse post escroto.

Vaga Fácil o caralho!!!

sábado, 16 de agosto de 2003

Leticia Spiller chupa xota!!!






Cacete, esse mundo esta perdido. Dia desses eu ouvi de um amigo uma historinha escabrosa: estava correndo pela net umas fotos da Leticia Spiller se atracando com a atriz portuguesa Maria João (nome sugestivo esse hein?) em uma boate do Rio. De inicio fiquei meio desconfiado, mas resolvi fazer uma pesquisa basica na internet para averiguar o fato. E não é que a historia é verdade mesmo? Alem de ter achado as tais fotos, acabei descobrindo também que a dona Leticia tem dado algumas declarações meio esquisitas pela imprensa, como a de que gosta de ser chamada de "lindo, tesão bonito e gostosão". Pode ser alguma jogada de marketing para aparecer na midia, mas enfim, vai saber.

Para quem não se lembra, Leticia Spiller foi umas das paquitas mais gostosa que a Xuxa ja teve. Terminado o programa Leticia se aventurou pela carreira de atriz e estreou numa novela das 7 no papel da suburbana "Babalu", uma loirinha de bundinha arrebitada e unhas vermelhas que com certeza inspirou a punheta de muito adolescente da epoca (a minha inclusive). Poise cambada...enquanto duas mulheres gostosas estão se lambendo loucamente eu estou aqui na bronha e me virando com o Demetrius quando as coisas apertam. Como diz o ditado: Deus da bife para quem não tem dente. Pra fechar, mais uma fotinha das duas em pose de "vou te trucidar daqui a pouco".

Reinaldo, o Bruto

segunda-feira, 11 de agosto de 2003

BULDOZER TAMBÉM É CULTURA

Dica de Livro: MADRU - A Lenda da Grande Floresta



Essa é uma dica de primeiríssima qualidade para quem curte o mundo de fantasia da mitologia céltica (coisa de nerd? Foda-se!). È uma história de aventura extremamente cativante, que fala do amor às florestas, ao mundo e a tudo que existe - e ao mesmo tempo é um épico do combate à ganância e à avareza, e do poder da sabedoria dos povos antigos. Como todo tosco no fundo tem algo de sentimental, gostei muito da história, e vou falar um pouco de Madru e da sua "lenda da grande floresta".

Madru é o filho de uma escrava que vivia em uma fazenda em Norrland, o país da Grande Floresta. Um dia, chega um emissário do Príncipe da Floresta procurando o "filho das estrelas", aquele que deverá ser o sucessor do Príncipe, que não tivera filhos homens. Esse é Madru, localizado através de cálculos astronômicos associados ao conhecimento dos druidas. Contudo, em vez de ganhar uma calórica vida de mordomia e conforto, Madru se mete na maior encrenca da sua vida, e ao mesmo tempo segue seu destino. Cai em uma corte, como sempre, repleta de intrigas e disputas pelo poder, e se envolve com a excêntrica princesa caçula, cujos passatempos são feitiços de salão e conversar com lobos.

A partir daí, Madru passa a viver uma série de aventuras em contextos e lugares os mais esquisitos e inverossímeis que se possa imaginar, distantes de Norrland ou mesmo da Terra e de seu próprio tempo, pois a aventura começa em um passado distante e termina em um tempo bem próximo ao nosso, falando da destruição do ambiente natural e da importância das florestas. Em meio às suas aventuras, Madru é instruído em em artes antigas como o Tarot, a Cabala e a projeção astral, e mais de uma vez as mesmas salvam sua pele.

Para contrabalançar toda essa xaropice, Hetmann apresenta Madru como um sujeito extremamente galinha, pegador mesmo, que se apaixona e jura amor hoje e tá comendo a criada do castelo amanhã. O cara se porta sem medo e de forma quase irresponsável nos momentos em que isso é possível ( e em alguns que não devia também). Não obstante, é sempre capaz de lutar e se expor ao perigo pelo que acredita. Um bom livro, sem dúvida, capaz de amolecer o coração dos mais toscos leitores desse blog, e em alguns momentos de propiciar umas boas risadas também.

domingo, 10 de agosto de 2003

Beyond Citizen Kane
...

...
"A rede Globo de televisão controla as informações que chegam ao Brasil e tem um histórico de manipulação e comprometimento com a oligarquia que comanda o país. Durante a ditadura, o general Médici comentava que sentia alegria em ver o noticiário da Globo. Quando começaram as greves no ABC, nos anos 70, a rede Globo simplesmente ignorou o fenômeno que fez renascer o sindicalismo no Brasil. A rede também tentou acobertar o caso Riocento, quando militares tentaram colocar uma bomba num show para incriminar a esquerda. Depois, tentou abafar o movimento "Diretas Já!" que pedia eleições diretas para presidente. A Globo também contribuiu para a vitória de Collor ao abertamente favorecer o candidato editando seu debate com Lula em 1989. Nos últimos anos, a Globo tem feito uma campanha aberta de criminalização do MST.

Muitos desses fatos foram denunciados num documentário de 1993 feito pelo diretor inglês Simon Hogarth chamado "Muito além do Cidadão Kane". A Globo processou a BBC que produziu o filme e impediu a sua exibição no Brasil (proibição que vigora até hoje). Em memória do Dr. Roberto Marinho, o CMI disponibiliza esse inédito e proibido documentário."

"Muito além do Cidadão Kane" - baixe-o aqui

Retirado e mantido os devidos créditos do CMI Brasil - Centro de Mídia Independente - http://brasil.indymedia.org/

Estou baixando o documentário, podíamos marcar de ver com toda a galera.

Abraço.

ESMAGAMENTOS NO ROLO COMPRESSOR

"PAU NO CU DO MONTANA"
festa de lançamento do tupanzine 26/27
djs- Israel nancy boy- indie indie indie!
- retz core - 60 70 80 - rock nacional
- glaydsongs - indie pop
- paolo milea - powerpop
palestra: Gas/ Cochalar , explicando como comer todo mundo no indie local e deixar a bichona do paulo tanner só chupando o dedo para não dizer outra coisa...


Israel Nancy Boy

Típico de indie. Anuncia a festa, não diz local e data, e ainda fornece um e-mail que não funciona.

post escrotamente editado:

ESMAGAMENTOS NO ROLO COMPRESSOR:

a festa vai acontecer sim! vai ser dia 18/09 no onda bar no Guará 02 . informações: 96146814.com palestra do Pablo no flowers capeão brasileiro de jiu jitsu explicando como surrar bichas do plano que andam com o Montana e morrem de inveja do Gas e do Cochalar

Ricardo Retz

Putz, indies são indies. Festa com palestra de um cara que é campeão nas técnicas de rolar no chão com outros machos, ensinando métodos de contato com homossexuais. Esse meio indie está cada dia mais avesso à convivência com os heteros mesmo, saudosos tempos do Roger do Ultraje, em que os roqueiros "gostavam é de mulher!".

sábado, 9 de agosto de 2003

O Exterminador do Futuro 3

Quando nosso amigo Demétrius viajou ao Peru para ganhar um troco dos executivos locais em Lima (não me perguntem como, só sei que o cara voltou de via(da)gem com mais grana do que saiu daqui, e com um imenso sorriso no rosto) assistiu uma cópia pirata do filme em DVD, com legendas em espanhol. De volta ao Brasil, sentenciou implacavelmente, antes de eu ver o filme: É - UMA - BOSTA!!! Eu não diria tanto, mas o filme é fraco, embora o mais interessante de tudo é que a trama básica, a história do filme, é MUITO boa, mais ou menos isso:

John Connor, já adulto, desconfiado de que a vitória conquistada em Terminator 2 não havia significado a abolição do fim do mundo, vive à margem do sistema, sem identidade, emprego fixo, casa, conta bancária ou cartão de crédito, enfim, impossível de localizar. Um exterminador ultra-moderno é enviado, mais uma vez, para matar John Connor, e Scharzenegger, o ciborgue t-101, para salva-lo e à sua futura esposa. Enquanto isso, numa instalação militar, os americanos estão terminando de desenvolver a Skynet e os robôs de guerra que no futuro serão o flagelo dos humanos. Um vírus de computador arrasador toma conta da rede mundial e começa a causar o caos, e a única esperança de erradicá-lo é ativar a Skynet, que, como sabem os que assistiram Exterminador do Futuro I e II, é o evento dá a partida do "Dia do Julgamento". A sorte do mundo está lançada, e todos os dados estão para correr em um único dia.

O filme trata de questões interessantes relacionadas à viagem temporal, como o destino e a inevitabilidade de certos acontecimentos. O fim do filme é muito bem bolado, e para quem não sair lendo muitas resenhas, é algo inesperado, um anticlímax merecedor de aplausos, especialmente em se tratando de um filme hollywodiano.

No entanto, vi que, mesmo com a melhor das idéias, um bom diretor faz falta, e, nesse caso, a ausência de James Cameron não poderia ter sido mais sentida. Terminator e Terminator 2, são, antes de tudo, excelentes filmes de ação, quesito no qual o terceiro filme deixa muito a desejar. As perseguições e a pancadaria são extremamente monótonas, e a única briga direta entre os ciborgues mostra ambos se usando para destruir paredes. Deprimente. Além disso, o filme tem algumas trasheiras, advindas principalmente da tentativa frustrada de se acrescentar alguns elementos de humor no filme. Tal iniciativa poderia ser interessante, se não fosse marcada por aquele humor batido e forçado, típico dos filmes comerciais americanos, e em situações descontextualizadas. Um filme com a carga de violência que os anteriores trazem e esse deveria trazer (mas não traz, pois as matanças são feitas em cenas demasiado rápidas, ou borradas, ou tão somente insinuadas) só poderia combinar com um humor negro e cortante. Posso relatar as merdas que me lembro:

- Em uma das primeiras cenas do filme, na mesma hora em que se fala que John Connor liderará toda a humanidade contra as máquinas, mostra-se um sujeito segurando a bandeira americana no meio dos destroços. Argh!!!

- A Exterminadora do Futuro, ciborgue T-X, (a gostosa Kristanna Loken), se materializa EXATAMENTE dentro de uma loja de roupas femininas. Mesmo assim, sai andando pelada na rua (e o boiola do diretor não mostra nem os peitos da mulher, embora mais à frente vá dar todo o destaque ao tórax do Schwarzenegger) até achar uma coroa na rua, roubando suas roupas e seu carro conversível. Que a máquina seja violenta tudo bem, mas porque ela sairia na rua procurando alguém com roupas que lhe servissem, se tinha uma baciada à disposição exatamente onde se materializou?

- A mesma imbecil, ao ser parada por um guarda, utiliza um recurso muito singular para uma exterminadora: aumenta o tamanho de seus seios para parecer mais sexy para o guarda que a está abordando. Isso não seria tão ilógico e descontextualizado, se ela não matasse o guarda segundos depois. Para uma máquina, parece até que foi programada para reproduzir a falta de lógica feminina.

- Ainda na mesma cena, ela mata o guarda para roubar seu revólver. Isso também não seria tão estúpido, se ela não tivesse um monte de armas supermodernas já imbutidas no corpo, todas superiores à automática do guarda, inclusive um lançador de raios na palma da mão.

- Embora eu esteja dizendo que a exterminadora mata fulana ou sicrano, essas mortes são todas subentendidas. Ela diz algo como "I liked your gun!", com um sorriso idiota para o guarda, e depois aparece com a arma roubada. Quando ela mata o noivo de uma das personagens do filme, aparecem apenas umas gotas de catchup batendo num retrato. Quando robôs assassinos fazem um massacre numa base militar, não sai uma gota de sangue das pessoas que levam milhões de balas. Quando aparece uma marcha das máquinas em guerra no futuro, aparecem os robôs atirando, mas nunca se mostra em quem. Eu não sou sádico, mas a contínua e deliberada supressão da violência ao longo do filme é perceptível, e dá a impressão de se estar vendo um desenho da Disney, e é um retrocesso em relação à crueza dos anteriores.

- Há explosões nucleares no filme, mas elas ficam quase subentendidas, mostrando no máximo uma luzinha atrás de um montanha se aproximar de uma cidade. No 2, onde explosões nucleares nem são uma realidade e só existem na cabeça de Sarah Connor, é mostrada todo o horror de uma explosão nuclear arrasando um parque com crianças. Parece que os caras quiseram simplesmente economizar as despesas relativas às cenas da Guerra Atômica, que ficariam com certeza muito bem no filme. Ou acharam feinho mostrar gente morrendo com radiação, ia ficar "muito forte" e as mamães deles não iam gostar.

Aliás, um dos grandes pontos fracos do filme é a correção política. No 2 John Connor é um hacker que rouba dinheiro de caixas eletrônicos (cena suprimida na versão exibida pela Globo, aliás, ao menos na primeira vez)e despreza seus pais adotivos; sua mãe é uma quase psicótica de guerra que trafica e esconde armas entre o México e os E.U.A., e dá para qualquer um que possa ensinar algo de guerra para seu filho. No começo ela vive trancada numa clínica psiquiátrica, e em sua fuga, mata o simpático enfermeiro que abusava dela à noite e pega o seu psiquiatra como refém para poder fugir, enchendo uma seringa de detergente e enfiando no pescoço dele. O que temos no 3, então? Todos os personagens humanos são bonzinhos, e até o general escroto que inventou e desenvolveu a Skynet para o Pentágono (a inteligência artificial que posteriormente vai tomar o mundo) NÃO QUER QUE ELA SEJA USADA, mesmo numa hora que todo o sistema de informática do exército americano estava em colapso, e sem nenhuma explicação razoável!!! Ele só ativa a Skynet após uma ordem do presidente americano (único que exibe alguma malícia no filme todo, mandando ele ativar a Skynet e lhe prometendo verbas).

Para não ficar só detonando, alguns pontos no filme, além da história geral, são bons. Um deles é justamente uma das coisas que o Demétrius não gostou: o John Connor é meio bundão. Eu achei isso massa: eles poderiam ter escolhido algum galã idiota para fazer o papel do cara, e colocado ele todo fodão, mas pegaram um cara baixinho e magrelo (Nick Stahl), além de meio sujo, mal vestido e com a barba malfeita. O sujeito vive meio indeciso e faz umas merdas durante a história, sendo um personagem mais verossímel do que o padrão que Hollywood geralmente impõe aos seus "heróis". O único defeito é que é muito bonzinho, bem diferente do adolescente escroto e malicioso do 2, mas tudo bem. Dá para aceitar a desculpa de que o sujeito amadureceu, se tornou mais sério, etc, como também acontece com a maioria das pessoas, a não ser a gente aqui do Buldozer, lógico, que continua eternamente agindo como moleque e ainda acha isso bonito. Mas deixando isso de lado, só fico puto como os porras do Omelete falaram tão bem desse filme. Pode não ser uma bomba como Hulk, mas os porras babaram o ovo total. Será que esses críticos de merda tão ganhando jabá para falarem bem de filme marromeno? Se estiverem fazendo isso é um suicídio profissional, porque daqui a pouco ninguém presta mais atenção neles (se é que hoje alguém ainda se liga na opinião dos caras).




sexta-feira, 8 de agosto de 2003

Quanto à morte do Roberto Marinho, eu faço um apelo aos cariocas: violem o túmulo do velho, abram o caixão, tirem o Um Anel do dedo dele (nem que tenham que cortá-lo fora) o o joguem nas Fendas da Perdição, senão o velho volta. E ainda pior, se isso for possível.

EU ODEIO - DE VERDADE - PSEUDOINTELECTUAIS!

Nem tenho que escrever nada sobre o assunto, nem fazer qualquer trocadilho sobre "ser uma merda". Só publico a notícia abaixo, que uma prima minha me mandou por e-mail:

Obra exposta na França imita a digestão e produz excrementos

FERNANDO EICHENBERG
da Folha de S.Paulo, em Lyon

"A máquina fez cocô, papai!", exclamou a pequena Claire, 4, apontando um excremento ainda fresco, disposto sobre uma esteira rolante. Um ouvinte desavisado poderia pensar que a assertiva saíra da infinita imaginação infantil. Claire fizera, no entanto, uma descrição sumária e objetiva da obra maior do artista belga Wim Delvoye, 38, exposta atualmente no Museu de Arte Contemporânea de Lyon, na França.

"Cloaca" é uma complexa máquina que reproduz o processo digestivo humano. Composta de grandes recipientes de vidro interligados em sequência, essa aparelhagem de 12 metros de comprimento, mantida na temperatura média do corpo humano de 37C e totalmente informatizada, funciona à base de uma engenhosa química de líquidos biológicos e catalisadores, suco pancreático sintético, enzimas de laboratório, ácidos reguladores do nível de pH e cerca de 400 bactérias de diferentes famílias.

À medida que a digestão avança, no tempo real de uma digestão humana, o líquido inicial, rarefeito e de tonalidade clara, vai se tornando denso e de cor acastanhada. A clonagem é fiel até a derradeira etapa. Ao final de sua digestão, por meio de um tubo vertical encerrado numa câmara de vidro, "Cloaca" defeca suas fezes, de aparência e consistência idênticas à excreção humana.

Para digerir, é necessário, obviamente, se alimentar. No museu francês, a máquina é alimentada duas vezes ao dia pelos vigias da exposição. Seu modesto desjejum é servido às 10h55, hora em que tritura no seu bocal um croissant e meio. Às 16h30, o cardápio é bem mais generoso. Os organizadores da exposição aproveitaram a reputação gastronômica de Lyon e convidaram renomados chefs locais para ajudar a satisfazer o apetite da máquina. No último dia 26, o chef Michel Troigros lhe preparou um saboroso filé de dourado com arroz koshi-hikari. Aos interessados em não perder seu momento mais íntimo e escatológico, na sua estada francesa a máquina foi programada para defecar às 14h30. Sua digestão raramente apresenta problemas, mas, em Lyon, ela sofreu numa tarde uma "leve diarréia", conta Sherezade, uma das vigias do museu.
Para Wim Delvoye, seu criador, "Cloaca" é uma metáfora política e artística. "Concebi 'Cloaca' como a obra de arte mais cosmopolita que se poderia imaginar", disse à Folha, por telefone, de Gand, na Bélgica. "A merda e a máquina são internacionais, e a máquina de merda é a coisa mais cosmopolita de todos os tempos, de todas as raças, sexos, classes", afirmou. "Nosso cocô é parte de nós mesmos, é a fraternidade que não podemos construir com nossos cérebros. São nossos cérebros, nossos músculos e nossa carteira de dinheiro que criam as diferenças. Trata-se de um símbolo democrático e tem um poder político, de subversão", acrescentou. Segundo ele, sua máquina contesta a globalização, como um espelho de nosso sistema econômico, e também faz uma autocrítica ao utilitarismo. "Como se a arte fosse única cidadela contra um mundo utilitário. Posso quase dizer que, se há algo inútil, é a arte."

A "Cloaca" exposta em Lyon, nomeada "New and Improved" (nova e melhorada), já é uma segunda versão, concluída em 2001, da máquina original de 1999. Auxiliado por cientistas, Delvoye levou cerca de oito anos para criar seu primeiro rebento. Agora, trabalha com duas empresas belgas no projeto da "Cloaca Turbo", de dimensões industriais, a ser exibida em Prato, na Itália. "Essa nova máquina será menos transparente, feita em inox, e com capacidade para consumir 250 litros de comida por dia, ou seja, entre 40 e 50 quilos [de comida]", explicou. Para saciar essa fome pantagruélica, ele pretende apelar a uma grande rede de pizzarias. E um novo software em estudo deverá capacitar a "Cloaca Turbo" a produzir 200 gramas de excrementos a cada 30 minutos. "Será algo de uma ambição diabólica, grandioso, como a máquina de 'O Mágico de Oz' ou a bomba atômica considerada Deus em 'O Planeta dos Macacos'", prevê.
Na prancheta, aguarda ainda o projeto da "Personal Cloaca", de uso doméstico, "miniaturizada" no tamanho de uma máquina de lavar, uma geladeira ou um forno microondas. E sonha com a "Cloaca Portátil" e a "Cloaca Conversível" (que poderia produzir, à escolha, excrementos humanos, de cães e de coelhos).

Por onde passa, a polêmica "Cloaca" de Delvoye costuma provocar protestos contra o desperdício de comida numa máquina de excrementos. "Algumas pessoas dizem que no Terceiro Mundo há tantas crianças com fome, e que eu não me dou conta disso. Sim, mas cada Ingres, Rubens ou Velázquez também é passível de receber essa mesma crítica. Ela é correta, graças à minha obra. É ela que faz pensar nisso. Todos pensam nos pobres na África, nas favelas, mas eu penso muito mais nisso do que Ingres", defende-se.


Ah, sim, uma coisa eu tenho que dizer: o autor dessa merda TINHA que ser francês. Acho que só há crianças na França graças aos marroquinos.

ESMAGAMENTOS NO ICQ

Daniel (1:25 AM) :
se o Edir Macedo se eleger presidente??
Leonardo (1:26 AM) :
Não elege. A maioria do país ainda é católica, e os crentes mesmo, muitos não gostam dele.
Leonardo (1:27 AM) :
O país tem 40 milhões de evangélicos, mas sua representação política não tem poder equivalente, e eu te digo por que, se vc quiser.
Leonardo (1:29 AM) :
No plano nacional, 40 milhões de pessoas deveriam significar muito mais que uma governadora e uns parlamentares mirrados.
Daniel (1:29 AM) :
são 40 milhões de evangélicos??
Leonardo (1:31 AM) :
no país, são
gente prá cacete
eles fazem trabalho de formiguinha, e chegaram nisso.
Mas eles são completamente desunidos, e não concordam em nada entre si.
Daniel (1:32 AM) :
ainda temos esperanças então de enterrar o edir macedo sem faixa presidencial
Leonardo (1:33 AM) :
Ele não elege. Não existe a menor chance disso acontecer.
Leonardo (1:34 AM) :
Os crentes não-universal acham ele um bosta, quase tanto quanto a gente
Acho que ele consegue uma cadeira no Senado, se quiser, o que é muita coisa
Mas não a presidência
Daniel (1:34 AM) :
ele poderia conseguir uma piroca grossa e morrer engasgado com ela
Leonardo (1:35 AM) :
Ou isso.

quarta-feira, 6 de agosto de 2003

Vanguarda Esquisotérica (a pedido do Reinaldo... :-) )

É sabido de todos vocês aqui que eu não nutro muita simpatia, quase que nenhuma na verdade, por alguns (quase todos) segmentos da fé cristã. Já havia parado de perder meu tempo com eles e seus ensinamentos, mas ontem o Reinaldo me fez uma revelação bombástica e pediu para que eu me pronunciasse:

'- Fofo, o Edir Macedo vai ser presidente do Brasil!!!'

Fudeu. Mas o intuito aqui não é discutir essa terrível previsão, não ainda, faremos isso depois. O marciano me enviou uma página muito interessante, de um desses segmentos xiitas cristãos. Para preservar a identidade deles vamos tratá-los pelo nome fictício de 'cúmplices de Javé'. Na verdade não passa de outra cartilha nazi de condicionamento, intolerância e tantas outras 'características' desses grupos de 'salvadores'. Mas tem umas coisas interessantes lá, as figuras. Vejam essa:



Essa figura seria uma espécie de batismo deles. Vamos discorrer um pouco sobre a figura. Onde está o braço esquerdo do sujeito de !!bigode!! ?? Conseguem perceber o sinal que o sujeito que está sendo sendo batizado está fazendo com os punhos??

Eu revelarei a vocês. Está sendo praticado o Fisting da Fé, um ritual maligno que destrói quase que por completo sua sexualidade e é o primeiro passo para seu condicionamento. Uma vez que sua sexualidade ruiu, o resto é brincadeira. Vejam só o depois:



Pois é, agora o batizado sabe rezar de joelhos, sentado ele não consegue mais, e com um ar afeminado, talvez porque Javé seja homem...

Depois disso andei pensando sobre o porquê do Javé ter destruído Sodoma e Gomorra. Era medo e ciúme mesmo, acho que ele queria orgias homossexuais apenas no reino dele. Sodoma e Gomorra estavam fervendo aquela terrinha sem graça e Javé viu que perderia seu gado para aquelas duas potências, mandou então seus anjinhos lindos e fortes para resolver o problema, o interessante é que foi dito que não era para ninguém olhar para trás quando estivessem deixando a cidade durante o !?massacre?!. Anjinhos fogosos e tímidos. Malditas bichas.

E foi então que depois disso Javé resolveu adotar abertamente seu estilo homófobo, não que ele seja, apenas questão administrativa. Então vem ensinando a seus profetas práticas e rituais malignos como o Fisting da Fé para o condicionamento do seu gado. Vemos realmente que o diabo se disfarça de anjo para melhor enganar. Mas não adianta, a resistência no cerrado perdurará...

Tem mais figuras interessantes lá, não vou discorrer sobre todas agora. Depois volto a essa página nefasta.

Esse trabalho desinteressado e caridoso de conscientização estará sendo feito pela IEPC aqui mesmo no blog e pessoalmente com o Bispo Reinaldo e eu.

Abraço.

terça-feira, 5 de agosto de 2003

ALGUÉM ME ENTENDE

Bem legal essa matéria que uma menina me indicou, do site Conga Conga Conga:

NERDS MANDAM BEM

Pra começo de conversa, vamos definir a que tipo de nerd estamos nos referindo. Lógico que não são aqueles nerds sem vida social - se, afinal, afirmamos que eles mandam bem, estamos nos referindo aos nerds-que-comem-mulher. Aos que ainda acreditam nos estereótipos mostrados no cinema, Jerry Lewis, Irmandade Lambda Lambda Lambda, meus pêsames. No planeta de onde eu vim, nerd é aquele cara (ou garota) que nutre alguma obsessão por algum assunto a ponto de a) pesquisar; b) colecionar coisas; c) fazer música; d) escrever sobre (normalmente acompanhado de pesquisa); e) não sossegar enquanto não descobrir como funciona; f) não dormir enquanto o programa não rodar - o que não quer dizer que não se relacionem com o sexo oposto.

Enfim, nerds comem mulher sim, e bem - e aqui a gente afirma como e por que isso é verdade.

Aparência

As aparências não enganam: os óculos são de tanto ficar grudado no micro ou na tevê desde criancinha. A má postura é aparente, às vezes com inclinação pra um ou outro lado - provavelmente por carregar o notebook. Ele tem calos nas bases das palmas das mãos - e isso não tem nada a ver com punheta, mas com mouse e digitação. Às vezes o visual é moderno, retrô, desleixado, arrumadinho demais... tanto faz, nega. O fato é que, se você não conheceu ele pela internet, provavelmente ele é bonito, senão não haveria aquele contato visual que determina se a outra pessoa é interessante ou não. Aliás, mesmo caras que você conhece pela internet podem ser lindos. Ou ele é feinho, mas você está apaixonada pelo intelecto dele, pela conversa, sei lá, e acha ele maravilhoso. Portanto, se você tem um nerd em suas mãos, ele é maravilhoso - e foda-se a má postura, se ele estiver deitado ou de quatro em cima de você, isso é o de menos, acredite.

Refinamento cultural

Nerds lêem. Nerds pesquisam. Nerds gastam 70% do salário em música. Nerds adquirem conhecimento. Não importa em que área, o que importa é que o vocabulário deles é ilimitado. Um “Você é a estrela mais brilhante do céu” certamente virá acompanhado de uma aula sobre o Sistema Solar onde você descobrirá que, na classificação de tamanho das estrelas, a Alfa é a estrela mais brilhante de uma constelação, e se o Centauro é a constelação mais perto do nosso sistema solar, você é a Alfa-Centauro brilhando no coração dele. Um bilhetinho com uma letra de música nunca, graças a deus, nunca vai ser uma letra cafona do Bryan Adams: ele sempre vai achar uma banda obscura, um cantor performático, ou vai te convencer de que aquela guitarra FALA, e é sobre amor. Ele pode inclusive escrever um conto em sua homenagem, fazer cartões feitos de disquetes obsoletos, realizar instalações artísticas em vídeo digital, criar uma conta no servidor dele pra você baixar o que quiser do HD dele, mas NUNCA, NUNCA, NUNCA vai demonstrar seu amor chamando aqueles carros com alto-falante e fogos de artifício. Nunca. Pense nisso.

Dedicação

O nerd-padrão tem tesão no mecanismo das coisas. Do mesmo jeito que quando ele era pequeno, desmontava relógios pra saber como funcionava, hoje ele quer saber como a sociedade se porta perante problemas, como funciona uma distorção, qual a aplicação do efeito doppler para descobrir a idade de uma estrela, ou melhor ainda, qual é a melhor maneira de te fazer gozar. Vai se dedicar a descobrir cada movimento que te dá prazer, vai tentar decifrar cada gemido seu, vai olhar bem pra saber onde está metendo a língua, vai cuidar de você como se fosse o seu set de dados de RPG. Principalmente para não perder o D4.

Fora dos padrões

A melhor coisa dos nerds, sem dúvida, é que eles não são como os outros caras. Lógico que eles acham a Ellen Roche gostosa, que idéia, mas na prática eles gostam de garotas branquelas, magrelas ou com barrigas macias e apertáveis, esquisitinhas, com maquiagens estranhas, sem maquiagem alguma, garotas-fetiche de couro e vinil, garotas aparentemente sem charme mas que tenham lido “Uma Breve História do Tempo” e entendido. Ou seja, tem pra todas. Não tem essa de “eu não faço o tipo dele” - todas fazem, desde que o conteúdo siga a mesma linha do dele, ou que o gosto musical seja razoavelmente parecido. Fica tranqüila.

Teoria do Caos

Você nunca pode prever um nerd na cama. Aquela cara magrelo e aparentemente inofensivo pode ser um vulcão e te dar vários tapas na bunda e te pegar de jeito - e o melhor, ele é magrinho, não vai te machucar, maravilha. Aquele outro que se apaixona facilmente por qualquer mulher que sorri pra ele pode esconder um kit SM no armário. Aquele outro ali que ouve RPG Metal e tem cara de que nunca comeu ninguém, não duvide, ele pode estar envolvido em rituais pagãos envolvendo orgias à luz da lua e sacrifício de virgens. Aquele outro que passa o dia visitando sites de sexo bizarro com animais, anões e ets pode ser um gentleman e fazer aquele papai e mamãe básico cheio de carinho e beijos e abraços que a gente adora. Você não tem como prever, eles são esquisitos, eles são freaks e isso é excitante demais. Rotina? Só se for rotina em C++.

* * *

É por isso que eu e minhas amigas somos partidárias do movimento “Nerds Mandam Bem”. Porque se eles não dormem enquanto o programa não roda, eles não gozam antes de te fazer gozar. Se eles sabem a estratégia perfeita para matar um orc com uma adaga independente da pontuação, eles sabem te conquistar. Se eles devoram todos os livros que vêem pela frente, sempre saberão as palavras certas pra te deixar excitada só de ouvir. E porque se eles amam tanto sua coleção de discos, podem amar você também.

por Lia Portocarrero, A Editora


É, galera do Buldozer, alguém nos ama.

segunda-feira, 4 de agosto de 2003

ESMAGAMENTOS NO ROLO COMPRESSOR:

excelente crítica dessas 2 bostas de filme

coloquei o BULDOZER em destaque no Abobra.

Gory

Caralho, galera, elogio de ninguém menos que o Gory, que ainda botou um banner gigante destacando nosso blog no Abobra!!! Graças ao post muito animal do Reinaldo, essa porra tá indo para frente.
Valeu, Gory, valeu, Reinaldo...valeu mesmo!

Puta que o pariu.

Hoje, no meu trabalho, foi encaminhado um sujeito apreendido pela polícia por se masturbar no meio da rua (contravenção conhecida como "ato obsceno"). Fui antender o sujeito no balcão (ele lá com um bruta bafo de pinga, por sinal), e quando terminei de instruí-lo a assinar uns papéis lá, o que a figura me faz? Estende a mão direita para cumprimentá-lo. E lá vou eu apertar a mão do sujeito, com a maior cara lavada. Claro que a primeira coisa que fiz depois foi lavar as mãos, mas mesmo assim, que merda.

...depois disso diz que funcionário público é mal-educado. Cada uma que eu tenho que fazer para manter a cortesia...

domingo, 3 de agosto de 2003

Ah, voltei para o Brasil!
Caraca, a viagem foi muito massa, daí não ter perdido tempo escrevendo do exterior para nosso post idiota.
Bem, estou quebrado depois de cinco dias de viagem por ônibus, trem, taxi e a pés.
Deppois conto minhas histórias, a única prévia é de que as gringas realmente gostam de brasileiros...
Abraços gente.

sexta-feira, 1 de agosto de 2003

Malditos críticos de cinema




Ontem assisti Exterminio, filme do cultuado diretor Danny Boyle (de Trainspotting ). Com esse filme, ja são duas bombas que assisti no cinema recentemente: Hulk e Exterminio. O mais engraçado é que ambos os filmes receberam elogios rasgados da critica, com exceção da revista Veja (tinha que ser) que meteu o pau em Hulk. Bem, de duas uma: ou a critica esta pensando que todo mundo é otario ou os criticos estão fumando merla antes de verem os filmes e acabam se deslumbrando com qualquer porcaria.
Comecemos com Hulk. Leio as historias em quadrinhos do verdão desde que tenho 9 anos de idade e nunca mais larguei. Portanto, entendo bastante do personagem. No inicio até que me animei ao saber que estavam rodando um filme do Hulk, mas quando vi as primeiras imagens do filme fiquei preocupado. O Hulk parecia um Shrek bombado feito numa computação grafica tosca. Para completar a minha infelicidade, soube que a origem do personagem foi completamente mudada para que ficasse mais verossimil aos "novos tempos". E desde quando um gigante verde de 4 metros de altura é verossimil? Putz! Apesar de tudo, baixei a guarda depois de ler as primeiras criticas do filme. A critica babava (exageradamente) o ovo do diretor chinês Ang Lee, dizendo que "ele soube pegar o lado psicologico do personagem; que Hulk era um filme de super-herois diferente dos demais, que o drama estava em primeiro plano; que todo chinês tem pau grande e bla bla bla". Pois bem, la vai o otario aqui assistir o filme com uma certa esperança no coração (essa ficou gay, eu sei..). No final da sessão, eu quase voei em cima do poster do filme para trucida-lo com os dentes...O FILME É UMA MERDA COMPLETA!!! Mudaram e MUITO a origem do personagem e os (d)efeitos especiais são de doer os olhos. O Hulk apesar de todo aquele tamanho se move de uma maneira tão rapida e suave que se parece uma bailarina de 40 kg. Os tecnicos em efeitos especiais deveriam voltar para a escola e estudar um pouco mais de fisica antes de trabalharem em outro filme. E quem teve a ideia estupida de colocar o pai do Bruce Banner como um vilão com superpoderes no final do filme?? Cacete...da dó de saber que gastei R$6,50 com um filme tão trash! Mas a critica "especializada" falou muito bem, juntamente com alguns amigos panacas que tenho (ne Lauro?). Quem sou eu para discutir?
Por fim, temos Exterminio. A historinha do filme: em um futuro proximo, eco-ativistas invadem um laboratorio onde macacos eram usados como cobaias em experiências cientificas terriveis (clichê 1). Na tentativa de libertar os bichinhos, um macaco contaminado com um novo virus acaba mordendo uma eco-ativista e ela acaba contaminada (clichê 2). O virus em questão se chama RAIVA, e transforma as pessoas em zumbis (clichê 3) que so sabem rosnar,vomitar sangue e atacar os humanos normais (clichê 4). Se uma pessoa normal é mordida pelo tal zumbi ou entra em contato com o vômito de sangue da criatura, ela também vira um zumbi (clichê 5). A solução então é matar rapidamente qualquer pessoa que tenha se contaminado, antes que ela vire um zumbi incontrolavel (clichê 6). Como é de se esperar, o virus se espalha (clichê 7), e em 28 dias toda a Inglaterra é evacuada, so sobrando no país zumbis ou pessoas normais que não conseguiram fugir do país. Partindo desse cenario caotico, a historia fica centrada em Jim, um rapaz que sofreu um acidente de carro e acorda no hospital no meio desse caos todo sem saber de nada. Nem vou contar o resto da historia, que da vontade de chorar (de rir). O mais impressionante é que esse filme nem é americano. Foi feito na Inglaterra, justo o país que eu julgava ter algum resquício de inteligência no mundo da cultura pop e das artes em geral. E você meu caro leitor, vê alguma explicação de como um filme de zumbis ser tão elogiado pela critica? So porque aparecem de cenario Londres e Manchester, e porque a trilha sonora é recheada de bandas de rock alternativas? Grande merda...mas vai entender cabeça de critico.
Acho que vou fumar merla e mascar crack antes de assistir a algum novo filme que esteja sendo ovacionado pela critica. Assim eu acho que consigo entrar no espirito destes seres cults e consigo falar bem de qualquer filmeco.

Reinaldo, o Bruto