quinta-feira, 11 de março de 2004

AS MULHERES DE REINALDO, O BRUTO- a psicótica do ICQ (parte 2)



(para quem não leu a parte 1, clique aqui)

Pois bem meus colegas, prosseguindo o meu calvário...depois da enésima patada da noite ("EU DETESTO ESSE TERMO A TOA!!!! GRRRRR...."), resolvi ficar mudo. Não sabia mais que assunto puxar com Taís sem que ela me viesse com algum surto psicótico. Mesmo caladão, ainda fiquei um bom tempo no barzinho ouvindo o monólogo esquizofrênico da menina. So fomos embora por volta de meia noite, quando o garçom chegou na mesa:

- Bem, vocês vão querer mais alguma coisa? Ja estamos fechando...
- [eu respondo] Hã...não. Pode trazer a conta. Podemos ir Taís?
- [Taís] Ok, no problem, sem problemas!

Eu pago a conta e saímos. Como estava cedo e eu ainda tinha esperanças em comer a maluca, proponho sair para algum outro canto. Inocentemente pergunto:

- Está cedo, ne? Vamos sair para algum outro lugar, Taís?
- Ah...pode ser...num sei...hahahahahahah (risos histéricos)!
- [cara de saco cheio] Pelo amor de Deus, escolhe algo para se fazer aí...
- É...hmmmmm...bem, vamos voltar para o meu prédio pra gente ficar conversando debaixo do bloco!
- É uma boa, Taís. Mas tipo, ta meio tarde não? Se a gente ficar embaixo do bloco, a nossa conversa pode incomodar os moradores que estão dormindo...
- [furiosa] EU DETESTO VOCÊS HOMENS!!! PEDEM PRA GENTE ESCOLHER ALGUMA COISA E DEPOIS FICAM RECLAMANDO!!!! GRRRRRR....
- [eu fico puto] PORRA TAÍS!!! Fiz so um comentario cacete! Apenas um comentario caralho!!! Posso comentar não?!
- [sorriso no rosto] Ah ta! Hahahahah...ok, no problem, sem problemas!

Entramos no carro e seguimos para o prédio dela. No caminho, apenas um pensamento permeava minha cabeça: "para compensar essa noite, tem que rolar buceta; para compensar essa noite, tem que rolar buceta...". Após 5 minutos, chegamos no prédio da esquisita. Ao estacionar, ela me pede para ficarmos no carro batendo papo. Eu digo "ok" e Taís desanda a falar. Para evitar outros surtos psicóticos, deixei Taís conduzindo o rumo da conversa. Esse com certeza foi o meu milésimo erro da noite - além das mudanças bruscas de humor, Taís tinha mudanças bruscas de assunto! De início ela começou falando de cavalos (será que ela tem alguma tara por eqüinos?!), de repente o assunto pula para massagem japonesa e em seguida ruma para astrologia. Coisa de louco. Mas o pior mesmo era quando Taís cortava o papo no meio e ficava me encarando com uma cara de dar medo no Hannibal Lecter. Nestes momentos, meu alerta de auto-preservação tocava:

- [sem graça e suando frio] É,Taís....por que você está calada e me encarando, hein? Puxa algum papo aí vai...
- [cara de psicopata sinistra] Hmmmm...você...(longa pausa)...tem algum problema com o silêncio, ne? He he he (risada macabra).

E assim, o "papo" foi rendendo, e o tempo foi passando... Por volta das 2 da matina eu percebo que era praticamente impossivel rolar algum clima no carro para eu dar uns amassos na Taís. A mulher era pirada demais, nem um climinha ela tinha a capacidade de criar! Como o meu saco ja estava cheio, falei:

- Taís, seguinte....ja está tarde e estou apertado para ir para o banheiro. Acho que vou nessa.
- Ué, você está querendo ir embora so porque quer ir no banheiro? Vamos subir la em casa então!
- Ah não, vou acordar o povo da tua casa! Deixa quieto...
- Ah, sem rolo. Estou sozinha em casa. Mas so uma coisa: depois que você usar o banheiro a gente desce de novo, ta? Vai pegar mal nós dois la em cima sozinhos...
- [sorriso maroto] Ah beleza, a gente desce depois....

Quando ela me falou "estou sozinha em casa" um choque elétrico passsou pelo meu pau. "Aí Careca, agora tu vai se dar bem!", pensei olhando para o meu pau. Logo em seguida subimos. Ao entrar no apartamento da lunática, tratei logo de correr para o banheiro. Minha bexiga estava quase estourando! Depois de uma mijada básica, tratei de enrolar ao máximo no banheiro: espremi algumas espinhas, me espreguicei, dei uma vasculhada nas gavetas do lavabo (não achei nenhum vibrador ou pênis de borracha) e tirei todas as melecas do nariz. Depois de uns 10 minutos enrolando, saio do banheiro e vou para a sala. Sento-me calmamente na poltrona e peço um copo d'agua para Taís. Ao me entregar o copo d'agua, começo a bebê-lo vagarosamente, com a esperança de finalmente rolar algum clima. Mas, como esquizofrenia não tem cura, a mulher tratou de gelar o clima falando mais um pouco sobre si mesma. No meio dessa conversa, a mulher me soltou mais duas preciosidades: ela é evangelica (putz!) e faz terapia desde os 11 anos de idade (PUTZ!!!). "Meu Deus, o poço não tem fundo!", pensei com meus humildes botões. Logo em seguida, a menina me vem com outra pérola:

- [cara de psicopata doentia] Sabia que você...parece com o meu pai?
- [suando frio] Hmmm...é? Isso é legal?
- Sim. Sabia que eu acho o meu pai bonito?
- Ah...bacana hein?
- Posso te dar um beijinho?
- Ah...tudo bem...

Mal eu terminei de falar "tudo bem" e Taís se levanta para me dar um beijinho na bochecha. Logo depois ela corre de volta para o sofá, rindo histericamente. Foi a partir dessa que eu realmente desisti de achar algum traço de normalidade na garota. Taís era realmente um caso perdido na psiquiatria. Até tesão pelo pai a menina tinha! "Meu Deus, será que essa menina tem um picador de gelo na bolsa? Será que ela vai arrancar meu pau num boquete?! Será que ela tem uma pica de cavalo no freezer?" era o que eu me perguntava sem parar. E, enquanto eu pensava que a situação não tinha como piorar, Taís me apronta mais uma:

- [Taís, olhando para o vazio] ...e tenho poucos amigos ne? Gosto de sair pro cinema com eles e...[olha para mim com um sorrisinho safado]...PENSA RAPIDO!!! [Taís joga uma almofada na minha direção!]
- [pego a almofada no ar e coloco de volta no sofá, com um sorriso amarelo] Hehehe...que bonitinho...
- Hahahahhahahahahahahahahahah (risos super histéricos)

Nisso ja eram quase 3 da matina. Como é nítido perceber, Taís não estava muito preocupada em criar um clima para pegação. Muito pelo contrário, ela fazia questão de parecer uma criança retardada de 10 anos de idade. Como eu ja estava cansado das sandices da menina, resolvi dar a cartada final (vejam como a secura faz um cara perder a noção de perigo!). Me levantei da poltrona e me sentei no sofá ao lado de Taís. Ela a principio achou estranho a minha aproximação, mas logo se soltou. Como precaução, deixei ela novamente guiar o rumo da conversa, que sempre caía em temas bobos. De repente, mais uma surpresa:

- [Taís] Hihihi...posso deitar no seu colo?
- Ué...claro!
- [empolgada] ENTÃO TÁ! LA VOU EU...hihihih...

Pois bem, a psicopata estava deitada no meu colo. "E agora?", pensei. Não pensei duas vezes: enquanto ela falava abobrinhas e insanidades, comecei a lhe fazer um cafuné, e, quando ela demonstrou estar derretida para o meu lado, lasquei-lhe um beijão surpresa! " Haha, daqui a pouco é pica na buceta! Pode comemorar Careca!", pensava eu apressadamente. Pois bem, é aqui que a insanidade chega em seu ponto máximo. Enquanto eu beijava Taís todo empolgado, a menina fazia questão de permanecer imóvel e impassível. Era como se eu estivesse beijando uma boneca inflável. Nem para me abraçar ela se deu ao trabalho! Quando eu estava prestes a parar tudo e dar uma bronca daquelas, a mulher comete o ato mais improvável da noite- Taís me empurra, senta-se e diz:

- [cara de psicotica, olhar arregalado] Será que devo beijá-lo? Ou será que não devo beijá-lo? ACHO MELHOR NÃO!

Após essa apoteótica frase, Taís se levanta e vai se sentar na ponta do sofá. "Agora chega!!! Fui esnobado no meio de um amasso por uma maluca. PAU NO CU!", pensei. Me levantei e fui indo para a porta para ir embora. No caminho soltei "muito bom te conhecer Taís, estou indo embora!" . Ela se vira pra mim, incrédula, e diz com um sorriso no rosto "ué, e meus 3 beijinhos de despedida?", e eu so respondi um "ta bom". No momento que fui dar os 3 beijinhos, a mulher me joga na parede e começa a lamber meu pescoço. Eu, claro, não me faço de rogado e encho a mão na sua bunda...e o negocio começa a esquentar. Quando meu pau começa a melar e um sorriso de "vitoria" começa a se esboçar em meu rosto, a menina simplesmente para tudo ( AHHHHHHHHHH!!!!) . Ela novamente me empurra, faz uma cara de nervosinha e aponta o dedo em riste na direção da porta gritando "vai embora, você é muito safado!". Eu, de saco cheio (cheio de porra acumulada!) so solto um "beleza. Tchau!", e vou para o elevador. E aí, ocorre nosso ultimo diálogo ao vivo:

-[Taís, com vozinha melosa] Você vai me ligar amanhã?
-[eu, seco] Não sei.

Em seguida, desço o elevador e vou-me embora. No dia seguinte, quando eu pensava estar livre da demente, ela resolve me ligar. Eram 6 da tarde:

-[Taís] OIIIIIIIIIII!!!! Tudo bom?
- Não.
- Ué, por que??
- POR QUE? Bicho, você so me deu patada a noite inteira, me esnobou no meio de um beijo e ficou jogando almofada em mim que nem criança. Ninguem merece isso bicho, pelo amor de Deus...
- Ai...desculpa...todo mundo fala que sou assim mesmo...meio esquisita...
- Meio esquisita?! Fala serio...tu é muito estranha cara!

Nesse meio tempo a menina começa a choramingar, dizendo possuir certos "desvios", que ela é muito carente, que ela sabe que é um pouco (!) esquisita e bla bla bla. Finjo que aceito suas desculpas e ela, empolgada, desanda a falar. Basicamente, Taís repetiu todos os assuntos da noite anterior: cavalos (de novo??!), massagem japonesa, astrologia e mais um monte de baboseiras. Fiquei quase meia hora no telefone ouvindo a mulher repetir os mesmos papos bobos da noite anterior. No final do telefonema, ainda tive que aguentar essa:

- [Taís]...então ta Reinaldo. Ja te aluguei demais, ne? Hahahahah. Vou desligar agora então. Mas tipo...é...quando me der vontade de te ligar de novo eu ligo, ok? Tipo 11 da noite, 3 da manhã...qualquer hora tô te ligando, ta bom?
- Ô Taís, seguinte: não me ligue depois das dez e meia, ta? Minha mãe dorme cedo e se você ligar depois desse horário, vai acabar acordando ela ne? Estou te avisando por que eu tenho algumas amigas que gostam de ligar meio tarde também...
- [super furiosa] EU DETESTO SER COMPARADA A OUTRAS PESSOAS!!!!! GRRRRRRRRRRRR....

E Taís desliga o telefone na minha cara. Nunca mais a vi.

Reinaldo, o Bruto