Esquemas alternativos de Brasília- parte 2
Quem leu a primeira parte desse texto, deve ter lido bem no finalzinho que eu comentaria das pessoas que sempre vejo nas festinhas alternativas. Como tenho uma memória fotográfica, vou descrever essas figuras em detalhes, juntamente com seu peculiar modo operacional. Como não sei o nome de ninguém, vou me referir a eles por carinhosos apelidos:
Robocop bombado- esse cara é um branquelo de cabeça raspada, com mais ou menos 1,80m e uns 100 kg de puro músculo. Com uma vestimenta básica (jeans e camiseta), cara sempre fechada e uma lata de cerveja na mão, dança como um autêntico Robocop cover, ou seja, todo duro e travadão como se estivesse com uma cenoura na bunda. Costuma dançar perto das caixas de som ou então bem perto das pick-ups do DJ. Se ele é surdo ou tem alguma tara por DJ é um mistério. Está sempre acompanhado por um mulher até bonitinha, que por sinal nunca vi beijando. Se ela é uma amiga ou namorada é outro mistério.
Onde encontrá-lo: festas de pop-rock anos 80 e rock indie anos 90
Psicótico do casaco Adidas- esse cara sempre aparece sozinho nas festas, e sempre veste um casaco azul da Adidas que parece com aqueles casacos de pré-escola (com aquelas indefectíveis listras brancas nos braços). É gordinho e usa um corte de cabelo bem indie (estilo Beatles, mas com costeletas). Está sempre com uma garrafa de cerveja na mão, rodando a festa sem parar de cabeça baixa. As vezes fica rindo sozinho enquanto dança, olhando para o chão. O que ele acha de tão engraçado no chão eu não sei, mas gostaria de saber. Também costuma falar sozinho olhando para o vazio. É bom manter uma distância segura desse cara.
Onde encontrá-lo: festas de rock indie anos 90 e 00's
Gótico Ronald McDonald's- essa figura é um gótico típico, com roupas pretas e maquiagem nos olhos (ui!), mas com um porém: está sempre chorando pelos cantos das festas! Baixinho, de cavanhaque e cabelos encaracolados castanho-claros o imbecil sempre fica em alguma escadaria ou na mesa próxima ao bar chorando "sofridamente", sozinho ou acompanhado de algum outro gótico mané. Vê-lo chorar é muito bom, pois a cara dele fica parecendo com a do Ronald McDonald's no banheiro. Para completar o teatrinho, ele as vezes chora segurando uma vela na mão, olhando para a chama enquanto resmunga palavras inaudíveis. Faz um bom tempo que não vejo esse rapaz. Espero que tenha se matado.
Onde encontrá-lo (se vivo): festas góticas
Rocker da cicatriz cocainado- esse elemento é uma figuraça....tem um visual bem roqueiro anos 80: topetão Morrissey, jeans surrado, camisa de botão branca e botas pretas. Tem uma peculiar cicatriz na testa, que dizem as lendas noturnas, foi resultado de um atropelamento que o rapaz sofreu por uma lancha na beira do lago da cidade. Isso mesmo, atropelado por uma lancha na beira do lago! Dizem que depois do acidente o rapaz ficou com uns "pinos" soltos na cabeça, e isso pode ser observado pelo seu jeitão nas festas. Sempre com um cigarro no canto da boca, dança totalmente alucinado quando empolgado, lembrando uma mistura de Elvis com Michael Jackson após cheirar 3 carreiras de coca. Fica batendo palminhas enquanto dança, olhando fixamente pro chão ao mesmo tempo que fuma o cigarro em velocidade sobre-humana. Esse cara dá medo, consegue ser até pior que o Psicótico do casaco Adidas.
Onde encontrá-lo: festa de rock indie anos 90 e 00's
A loira piranha- essa é um enigma. Com um visual bem patricinha, costuma frequentar vários tipos de festas alternativas. Costuma andar acompanhada com uma turma bem grande de indies. É uma loira oxigenada muito gostosa, que usa sempre jeans colado para deixar a mostra uma bunda maravilhosa. Tem uma bela cara de piranha; dança como piranha e encara os homens com cara de piranha, mas pasmem...não fica com ninguém! So de olhar a mulher dançando você ja tem vontade de catá-la para uma rapidinha no WC feminino (com direito a gozada na cara), mas ela simplesmete da fora em todo mundo que chega perto. Ja dispensou inclusive eu e o Leo. Ja vi um cara numa festa bater papo com essa moça no balcão do bar por mais de 3 horas e não dar em nada. O mais comédia foi um dia em que a mulher ficava de quatro na cadeira do balcão do bar para pedir bebida, e ficava uma platéia masculina logo atrás dela de olho esbugalhado. Essa é uma das únicas mulheres de festa alternativa que se encaixa no padrão "mulher" que expliquei outrora, mas que infelizmente regula muito a periquita.
Onde encontrá-la: festas pop-rock anos 80 e rock indie anos 90 e 00's
Em breve mais tipos.
Reinaldo,o Bruto
sábado, 28 de dezembro de 2002
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