terça-feira, 14 de julho de 2009

Do Começo ao Fim - Versão Buldozer - INTERLÚDIO

- Desgulbe, zenhor Jeverzon, mas eze gartinha aqui no eztá em perza nem árabe. Bareze que estar em bashto, ser língua muito valado no Aveganiztão, e um bouco no ozidente do Baguiztão. Eu não zaber traduzir izo. E belo bisto nem guem escreveu, zeu enderezo no Brasil eztá braticamente desenhado no envelobe, não é mezmo?

- É, na época mandei um gabarito em papelão, para eles me mandarem os boletos. Pra cobrar esses bando de turco fela da puta são eficientes pra caralho. Olha, essa é a primeira carta do meu enteado para a minha esposa em três anos, ela despirocou quando chegou e não conseguiu ler. Se eu não conseguir traduzir isso logo, meu estoque de vodca e uísque acaba em menos de três dias.

- Hmm... a Aveganiztão não tem embaijada no Brasil, bobrezinhas deles, né? Vou ver gom alguém do embaijada do Baguiztão, guem zabe não indigam alguém bra zenhor?

- Valeu aí. E lembre-se sempre, senhor adido, otoridade no meu restaurante tem desconto e cortesia! Hoje as suas bebidas já são por conta da casa, mas me resolve esse pepino aí e te libero uma das minhas dançarinas, à sua escolha.

- Meninas zer muito bonitas, maz eu gozto mesmo é de menininhos. Begueninos, antes de mudar o boz. Tem algum aí? Não brezisa gortesia, nós baga, glaro gue chorar desgonto, glaro, glaro.

- Aqui no meu país isso é contra a lei, senhor, não tenho e nem sei quem tem. Já paguei tudo o que devia pra justiça e pra polícia uns bons anos atrás, agora eu sou um cidadão de bem, e não mexo com nada ilegal.

- Bena. No minha terra não tem lei nenhuma gue imbeza um zidadão de bem de ter uns menininhos em gasa. Bara vazer gombanhia, zabe?

- Bem, eu tô fora. Meu negócio é mulher. Literalmente. Mas é isso então, depois me volte com uma indicação quente de tradutor e a gente vê um esquema massa com as dançarinas, valeu?! Por enquanto, aproveite a hospitalidade da casa, beba à vontade!

- Obrigado, zenhor Jeverzon, muito bom vazer negózios gom o zenhor!