quinta-feira, 11 de maio de 2006

SONHOS BIZARROS - casei com a minha tia de terno lilás



Tive dois sonhos esquisitíssimos nessa noite, um atrás do outro. No primeiro sonho eu estava na frente de um supermercado batendo papo com um mulher que eu nunca vi na vida. Eu estava saindo do supermercado quando essa mulher me puxou pelo braço para conversarmos. A conversa que tivemos foi mais ou menos assim:

- [mulher] Você vem sempre nesse supermercado?
- [eu] Venho. Por que?
- Só pra saber.
- [desconfiado] Ué, tá me dando mole?
- Nem um pouco.
- Que bom, tu é muito feia! Então vou indo.
- Espera! Posso ver uma foto sua?
- [coço o queixo] Ai,ai...tá, pega aqui.

Dei uma foto minha (no sonho era uma polaroid) para a esquisita, que a ficou analisando por um bom tempo. Depois de uns 5 minutos olhando fixamente para a foto ela me veio com essa conversa:

- Sabia que você tem uma pinta "videoclíptica"?
- HEIN?! Que porra é essa?
- Pinta "videoclíptica", nunca ouviu falar?
- Nunca! Mas deixa eu analisar a palavra: "videoclíptico" seria um visual de videoclipe?
- Exatamente.
- E o que diabos seria uma pessoa com visual de videoclipe?
- Ah, seria um visual com movimento, com cortes rápidos, um tanto nonsense, um roteiro rebuscado, uma busca do não-eu. Entende?
- [faço cara de pouco caso] Nossa, sua explicação me comoveu. Agora deixa eu ir embora que eu tenho mais o que fazer...
- [me puxando pelo braço] NÃO! VAMOS CONVERSAR MAIS!!! FICA COMIGO!!!
- [dando tabefe na mulher] SAI! SAI! ME LARGA, PORRA!!!

Quando eu consigo me livrar da mulher, eu trato de correr que nem um louco, deixando as compras para trás. No meio dessa corrida o sonho sofre um "pause" (isso existe em sonho? Seria um pane na Matrix?) e a história do sonho vira de ponta cabeça.

Quando o sonho "despausa" eu estou em casa me arrumando para o meu casamento. Eu iria me casar com a minha própria TIA (putz!). No sonho ela estava com uma aparência bem jovem e demonstrava estar bem feliz de estar casando comigo. Essa alegria da minha tia estava me causando um misto de pânico e nojo, e eu estava louco pra fugir daquela enrascada. A minha fuga, porém, estava bem complicada, pois a minha casa estava cheia de parentes e a minha tia ainda me aparece com um "amigo":

- [minha tia] Oi, sobrinho. Nosso casamento é hoje às 20 horas, não se atrase!
- [desanimado] Tá...
- Para escolher o seu terno eu trouxe um personal stylist, o Carlinhos.

Atrás dela me aparece um negão de smoking com a cara do Eddie Murphy. Ele vem na minha direção dando pulinhos:

- [Carlinhos] OI! Tudo bem com você, fo-fi-nho?
- Tudo.
- Nossa, sua tia se deu bem em querer casar contigo, hein? UI,UI!
- Puta que pariu...tá, cadê a roupa?
- Tá aqui. Espera um pouco.

Ele pega uma caixa e abre na minha frente. Dentro da caixa havia um terno lilás, acompanhado de um par de sapatos, uma camisa e uma gravata, todos lilás. Eu visto o terno e me olho no espelho:

- Puta merda, esse terno É RIDÍCULO!
- [Carlinhos] Essa é última moda em Paris, meu bem!
- Foda-se Paris! Eu moro no Brasil, porra!
- Bom, esse é o terno que a sua tia escolheu, fo-fu-cho. Meu trabalho está terminado aqui, tchau.
- ADEUS...
- Humf, grosso!

Ao me ver naquele terno eu fiquei realmente decidido que não iria casar com minha tia de jeito algum. Como estava complicado de fugir, puxei a minha tia em um canto para uma conversa:

- Tia, bora deixar esse casamento pra lá. Pô, eu sou seu sobrinho, SOMOS PARENTES! Como você pode ter tesão em mim?
- Isso não interessa agora! Gastei uma fortuna na festa de casamento e você vai casar comigo por bem ou por mal. Não pense em me abandonar agora, hein?
- Então eu vou fugir!!!
- Nem pense nisso. O Carlinhos implantou uma bomba em sua cueca. Se você estiver longe de mim por mais de 500 metros, essa bomba vai explodir o seu saco. Você que sabe...

Nesse momento eu abaixo as calças e vejo uma bomba-relógio presa na cueca fazendo "bip, bip, bip". Me viro para a minha tia desconsolado:

- Ok, tia, você venceu! Vamos nos casar.

O sonho sofre uma "acelerada" e eu já me vejo na igreja de braço dado com a minha tia, andando em direção do padre ao som da marcha nupcial. Olho para a direita e vejo a minha mãe gritando:

- Aproveita, Juninho! Sua tia é minha irmã, tá tudo em família! Manda brasa!!!

Olho para a minha tia, que fala baixinho no meu ouvido:

- Viu? Tá todo mundo gostando desse casamento.
- [quase chorando] Menos eu! O que a gente vai fazer depois daqui?
- Vamos para a lua-de-mel, oras!
- Ah, tia...vou ter que te comer?
- Claro! Vamos ser marido e mulher.
- Ai, meu Deus...
- Quando a gente entrar no quarto eu vou te jogar a cama e...

Nesse momento eu acordo. Ainda bem.

Reinaldo Bruto