sábado, 24 de maio de 2003

Urucubaca do mal

Quem leu meu ultimo post (Vai Minduim!) deve ter notado que uma má sorte do cacete se apossou de mim naquela noite. Para falar a verdade, acho que essa maré de azar (ou fator "Charlie Brown") ainda vai durar um bom tempo. Sintam o drama no meu emocionante relato...

Hoje ao acordar tentei bater aquela punheta irada. De início penso numa trepada com Patricia (uma amiga peituda de florestal), mas meu pau nem responde ao estímulo. Acho estranho, mas logo mudo de gata. Começo a pensar na Fernanda Lima fazendo biquinho e apertando minhas bolas...mas meu pau continua flácido. "Levanta Careca!!!" grito mentalmente para o dito cujo. Ele se finge de surdo e continua molenga, balançando ao vento. Penso na Rê, penso no Demetrius, penso no Serginho Groisman...e meu pau continua imóvel, mole como gelatina. Conclusão: estou brochando para punheta. "Isso nunca me aconteceu antes", digo para a minha mão direita. Sinceramente, se um cara começa a brochar com punheta, as coisas realmente estão ficando dificeis. Nem Freud explica. Mas tudo bem, bola para frente (sem trocadilhos). Troco de roupa e parto para o edificio do Sandro, um amigo de florestal que é filho de japa com goiano, mas que não se parece nem com japa e nem com goiano. De la iríamos para Águas Lindas, onde temos um bico em uma fazenda da região (administramos o viveiro de mudas da fazenda). Chegando la, vamos para o meio do mato conferir algumas mudas de pau-de-balsa que plantamos semanas antes, so para ver se elas estão ok. No meio da inspeção um inseto voador não identificado me da um rasante e me da quatro picadas ardidas pelo corpo. Saí correndo feito um insano, com as picadas ardendo mais do que alfinete em brasa cravado na pele. Quando a dor alivia um pouco, uma íngua dolorida aparece no suvaco. "Reação alergica negão..." me informa Sandro. Bacana. Alguns minutos depois me encontro com um peão da fazenda, que me recomenda colocar sal nas picadas para parar o "ardido". Ao passar sal, a ardência das picadas triplica, e me da vontade de arrancar o saco do peão FDP com os dentes (olha o pretexto para enfiar a boca numas bolas...hmmm). Mas tudo bem, o cara agiu de boa fé. A vida é bela.

Deu 13:30 da tarde. Saio do viveiro exausto e faminto, e corro na direção do carro do Sandro. Estava na hora de pegar o beco. Chegando no carro vejo o falso japa de braço cruzado e com cara de preocupado:

-Vamo nessa Sandro?
-[cara de bunda] Posso te contar uma boa noticia?
-...manda...
-Tranquei o carro com a chave dentro. Vou ter que ir no centro da cidade achar um chaveiro.

Nesse momento começo a ficar preocupado com meu azar."É azar demais! CARACOLES! SOCORRO!!!", penso em pânico com meus botões. Volto para o viveiro para regar algumas mudas, enquanto espero o Sandro voltar com o chaveiro. Ele disse que demoraria 30 minutos, mas voltou 1 hora e 15 minutos depois. Sem problemas, a vida tem dessas coisas (nem sei por que fico repetindo essas frases alto astral...). Partimos da fazenda e começamos a falar de comida no meio da estrada. Chegando perto da minha casa, Sandro me solta uma receita pitoresca: molho de tomate com rodelas bem finas de banana. Isso mesmo, banana! Segundo ele, a banana se derrete por completo no molho de tomate, e o molho fica com aquele aroma de banana e com um gostinho ligeiramente adocicado. Fica perfeito em cima do macarrão. Acho que vou experimentar essa merda agora, a íngua no meu suvaco esta me matando e essa receita vai me distrair um pouquinho.

Reinaldo, o Bruto (ao som de Martin Gore-tiny girl)

PS: eu acho que essa minha má sorte esta vindo do Daniel. Algum preto véio amazônico se apossou de meu corpo. Rezem por mim!