domingo, 11 de maio de 2003

Observações inuteis da vida

Tem gente que vive dizendo que sou um chato que não para de reclamar das coisas. Não que eu esteja muito preocupado com esse povinho, mas sintam o roteiro do meu divertido sabado (11/5):

1) Acordo 7 da manhã, grogue de sono e tremendo de frio. Em 30 minutos chego na UnB. Iria me encontrar com minha orientadora de trabalho-final e começar alguns experimentos no laboratorio de fitopatologia. O encontro estava marcado para 7:45. O frio estava de lascar, e eu não encontrava a professora de jeito nenhum. Rodei toda a universidade, e nada de encontra-la. Esperei, esperei...e nada. Quando deu 10 horas, minha paciência foi pro saco e liguei pra casa dela:

-Oi, a Denize está?
-[voz de criança] Ah, ela saiu com papai bem cedinho para uma chácara. Acho que ta tendo churrasco por la.
-Churrasco?? Ah legal, depois ligo...

Legal. Mulher se esqueceu de mim e me fez acordar a toa num frio siberiano. Tsc.

2) Depois do telefonema, deu aquela vontade de cagar agressiva. A ponta do cocô ja estava na portinha do meu cu, fazendo aquela coceguinha gostosa. Cheguei na porta de um banheiro, mas o fedor e a falta de papel higiênico me fizeram mudar de ideia. Como a UnB fica proxima da casa do Leo, resolvi passar por la de surpresa e dar aquela cagada. Cheguando la, vi o carro dele na porta e logo um sorriso surgiu em meu rosto. Cheguei na portaria e toquei no apartamento dele. Ninguem atendeu. Toquei de novo, e nada. Fui a um orelhão e liguei para o celular do gordo. Liguei 3 vezes, mas o celular não atendia. Estava desligado. "Legal", pensei. Como o carro do Leo estava na porta de casa mas ninguem atendia, pensamentos malignos logo invadiram minha mente: "aquele pão-duro deve ter levado um travesti para a casa dele e murrinhou na hora do pagamento, tendo sido morto a navalhadas ...ou se engasgou com macarrão e morreu com a cabeça no vaso.Oh não...OH MEU DEUS!!! MEU AMIGO!!!" Logo em seguida toquei o foda-se e fui correndo para casa cagar.

3) Depois daquela cagada show, me lembrei que teria um churrasco da galera de florestal. Liguei para um colega e pedi carona, pois o meu carro ja estava com o tanque na reserva. Para a minha surpresa, o cara se ofereceu para me pegar em casa. "Uma faisca de sorte nessa manhã..." pensei. Chegando em Brazlândia (um suburbio que fica na pqp de Brasília), vejo apenas uma pequena parte da galera que se deu ao trabalho de ir tão longe. A menina que eu estava louco para dar uns pegas, não foi. Ela ligou para o Japa (dono da casa) dizendo estar cansada, que a pilha do vibrador tinha acabado e todo aquele bla-bla de mulher. Acontece. De quebra aguentei uma amiga mocreia me soltando aquelas indiretas do tipo "não seria legal se a gente fosse um casal de namorado nesse frio?" ou "você ja observou como se formam muitos casais de namorados na epoca do frio?". Eu delicadamente respondia "que legal ne...prefiro ficar sozinho". Pelo menos o churrasco tava uma delicia (o Japa merecia um boquete-homenagem daqueles) e me diverti bastante numa jangada feita com canos de PVC (coisa de japonês mesmo).

4) Cheguei em casa 8 da noite. Na carona de volta tive que ouvir na marra todo o cd da Xuxa, pois meu amigo tinha levado sua filhinha de 3 anos que ama a dita cuja e não parava de chorar um segundo sequer. Normal. Cheguei em casa com os labios brilhando com gordura de picanha, e minha mãe pergunta se eu tinha passado brilho nos labios. Respondo que era manteiga de cacau e vou para o computador. No computador, tive que aturar o Daniel no ICQ filosofando sobre a realidade da realidade, e que nem tudo aquilo que você vê é o que se apresenta na verdade. É verdade meu caro amazonense, estamos todos conectados a Matrix e estamos todos vivendo numa realidade virtual. So quero que alguem me ensine a lutar Kung-fu correndo pelas paredes e como se salta de um predio para outro. Pule da janela e libere sua mente meu colega, você consegue!