quinta-feira, 5 de janeiro de 2006

Abomináveis seres da tecnologia




Texto enviado por Cida, minha flor de gergelim


1) Fotógrafo maníaco: É o pior de todos. Ele(a) pega uma câmara digital ou, na falta dela, o celular mesmo, e se acha dono(a) das imagens dos outros. Pensa que é o rei ou a rainha do lambe-lambe e começa a tirar fotografias de tudo e de todos sem parar, nas posições mais esdrúxulas que consegue. Como 100% das fotos ficam ruins, ele(a) não apaga nenhuma, ou até apaga, mas, como seu gosto é totalmente duvidoso, ele(a) não tem a mínima noção de que é um péssimo fotógrafo. Então publica tudo no Orkut e em fotologs sem a sua autorização. Envia para os e-mails de todos, até de quem não conhece você. Grava em CDs e oferece aos presentes em uma festinha, mesmo àqueles que não aparecem nas fotos, etc. Não se sabe se é pura vingança ou se o(a) idiota é demente mesmo.

Pena: deve morrer empalado(a) três vezes, com uma espada enferrujada e cheia de dentes, depois de ter agulhas bem enfiadas debaixo de cada unha, as orelhas cortadas, o nariz quebrado e os olhos furados. Tudo isso devidamente documentado com uma câmara digital e espalhado por toda a internet, claro.

2) Internauta carente: É o segundo pior. Ele(a) enche a sua caixa de entrada com e-mails tipo PPS e PPT enoooooooooorrrrrmes de auto-ajuda, “para pensar, refletir ou recordar”, de mensagens do tipo “ajudem pelo amor de Deus” e de orações-correntes ou outras variedades dessas que “já rodaram o mundo três vezes e não podem ser interrompidas”, pois não tem coragem de deletá-las, já que morre de medo de que aconteça alguma coisa ruim com ele ou com sua família se fizer isso. O cara tem TOC e não sabe – tem de encaminhar – ou é tão carente que precisa viver chamando a atenção. Como não consegue ser feliz, depende da Internet como um viciado em heroína depende da droga, ou seja, precisa infernizar os outros se fazendo presente o tempo todo: “por favor, lembrem-se de mim”; “Se for meu amigo, envie-me de volta”. Não se sabe se é bobo, péla-saco, sonso, inocente ou babaca, mas, com certeza, parece nem desconfiar de que todos, menos ele, deletam pelo menos uns 90% desses e-mails e detestam esse tipo de coisa, além de não terem tempo para ficar o dia todo lendo ou vendo isso.

Pena: deve morrer empalado, depois de ser obrigado(a) a ficar recebendo e deletando milhares de mensagens dos gêneros acima por um mês seguido sem dormir e sem poder abrir nenhuma delas para aprender que isso não provoca mal nenhum, que o mundo não vai acabar por isso etc.

3) Dono pão-duro de celular: O terceiro pior. Liga para o seu celular, deixa tocar uma vez e desliga, rapidamente, para que você ligue de volta. Não pode gastar os créditos do celular dele(a), mas do seu pode. Já foi mais comum, mas parece ser um espécime mais controlado hoje em dia. Esse(a) daí não exige maiores comentários, mas é bom saber distingui-lo de pessoas próximas a você, de quem você está cansado de conhecer o número e sabe que, se fez isso, foi só naquele momento e porque, provavelmente, aconteceu alguma coisa.

Pena: morrer empalado, num golpe único e rápido. Nem precisa sofrer muito. Basta que seja extirpado.

4) Maluco por tecnologia: Na maioria dos casos, não faz mal aos outros, a não ser quando quer, de qualquer jeito, mostrar suas novas aquisições. Seu principal foco são as novidades tecnológicas. É um(a) comprador(a) compulsivo(a) de tudo o que surge de novo, mesmo do que não vai usar. Qualquer festinha é motivo para ele(a) levar um monte de tranqueiras e passar o tempo exibindo tudo. Seu lugar preferido para passeios e caminhadas dominicais é a Feira do Paraguai. Ele compra tudo. Ele precisa! Tem de comprar. Se não comprar, fica sem dormir e pode até morrer.

Pena: nenhuma. Fora a chatice, ele(a) só faz mal a si mesmo e, mais dia, menos dia, vai acabar se matando dentro da banheira com um vibrador elétrico de última geração.

5) Salada mista: Definitivamente, se houver uma pessoa que consiga juntar em si os quatro tipos acima, não me apresentem. Ponham logo na banheira cheia, encaixem bem o vibrador com o fio desencapado, afundem com vontade as agulhas embaixo das unhas, cortem as orelhas, quebrem o nariz, furem os olhos, esquentem a espada enferrujada até que ela fique bem vermelha e enfiem com vontade. Se o vibrador atrapalhar, ponham-no na boca do(a) dito(a) cujo(a), aproveitando para quebrar uns dentes. Lembrem-se de não me convidar para o velório.