sábado, 16 de outubro de 2004

MELHORES MOMENTOS BULDOZER


TUPANZINE ENTREVISTA BULDOZER!

(postado originalmente em 17/05/2004)





Depois de muito tempo visitando o Buldozer apenas para falar merda nos comments, Israel Nancyboy resolveu finalmente nos convidar para darmos uma entrevista exclusiva ao Tupanzine (se você não sabe quem é esse cara ou o que é o Tupanzine, clique aqui). Após várias negociações, eu e Leo acabamos dando essa entrevista na semana passada, no buteco Barzão. Entre muita cerveja quente e violência verbal, mandamos bala na cena indie de Brasília e na pseudice reinante. Enjoy.

Legenda para ignorantes:
INB- Israel Nancyboy
RB- Reinaldo,o Bruto
LC- Leo Corbusier

INB: Por que raios vocês do Buldozer odeiam tanto os indies?

RB: Indies pensam que entendem de música. Indies acham que estão contra a moda. Mas, para falar a verdade, são apenas um monte de bichas, que vão para o Gates Pub de saia e adoram dar uns amassos com os namorados nas festas do Gas e Cochlar [famosos DJs alternativos de Brasília].

LC: É, e o que eu mais fico de cara é esse lance deles se acharem contra a moda, saca? Quando na verdade pagam grifes idiotas tão caras quanto qualquer M. Officer nas porras das lojas metidas a babacas que posam de alternativas no Conic. E acho muito idiota esse lance de idolatrarem qualquer merda que não faça sucesso, tipo, na verdade o gosto musical dos indies não tem nada a ver com a qualidade da música em si, e sim a repercussão. Pior que um puro idiota é idiota metido a inteligente, por isso que indie tem que morrer torrando no sol.

INB: Já notei que o famoso DJ Lauro Montana (vulgo Lauro Titicatana) é amigo de vocês. Como vocês podem andar com ele, se ele é o DJ supremo dos indies?

RB: Lauro é um caso raro de homem com falta de lógica. Sente só: o cara se veste como indie, é DJ de festas indies, vive em um bar indie, e é cercado por amigos indies, (com exceção, claro, da gente aqui), mas, por incrível que pareça, o cara não se considera indie! Dá para entender uma porra dessas? Mas tudo bem, apesar de loser e ser um come-ningas, eu acho ele gente boa.

LC: Mais incoerente ainda é que, com essa ficha toda, o Lauro gosta de mulher. Não que ele costume andar com elas, mas até onde sei, é um cara “straight”. Agora, conheço o Lauro desde antes dele virar indie, e grande merda, porque o Lauro já foi metaleiro, punk, rockabilly, comunista, niilista, clubber e sei lá o que mais. O fato, porém, é que essas mudanças são só de visual e de disco na vitrola. O Lauro é a mesma pessoa desde os treze anos de idade, o jeito dele não muda nunca. O Lauro, por dentro, é como o Jesse Custer: num universo em mutação, é uma das coisas absolutamente estáveis, daquelas que você pode confiar que continuarão exatamente do mesmo jeito.


O grande DJ indie Lauro Montana

INB: Vocês sabem que o Tupanzine já entrevistou o Lauro Montana, né? Vocês leram? Vocês gostaram?

RB: Sim, eu li a merda daquela entrevista. Não entendi uma linha sequer. Puta que pariu, eu acho que foi a primeira entrevista que li em que não existem perguntas...foram apenas dois losers sacaneando a cena alternativa loser de Brasília. Fala sério!

LC: O fato de eu estar respondendo à entrevista do Tupanzine não quer dizer que eu leia essa bosta. Se liga, camarada.

INB: Vocês do Buldozer se acham os fodões, né? Pois bem, seus metaleiros de merda, para onde vocês costumam sair nessa cidade? Se é que vocês saem dos seus quartos fedendo a porra seca...

RB: Saio para qualquer lugar que tenha: cerveja gelada, buceta e pizza de frango com catupiry. Esse negócio de ficar rebolando ao som de rock alternativo é coisa para leitor do Tupanzine e freqüentador do Beirute. Isso não é uma indireta pro Lauro, claro.

LC: Metaleiro? Aonde...não levo o menor jeito para ficar pendurando no meu apê posterzinho de cabeludo usando roupa de couro justa. Saio para onde tenha mulher. Ponto. E quanto ao cheiro de porra seca, não rola por aqui. Não sei que tipo de hábitos domésticos tem os indies, talvez eles gozem na boca do próprio pai, mas eu tenho higiene suficiente para bater punheta no banheiro e gozar no vaso.

INB: Vocês se ligam nas bandas alternativas de Brasília, como a Prot(o), ou Chantilly?

RB: Mermão, nem com uma arma na nuca eu escutaria uma banda chamada Chantilly. Isso é coisa de bicha. E já perdi um precioso tempo da vida ouvindo músicas da Prot(o). Essa banda é uma merda completa. Tomara que permaneça cult para o resto da sua existência, assim ninguém vai ser obrigado a ouvir essa merda na Antena1.

LC: Ouvi dizer que essa tal Chantilly é capitaneada por um DJ de techno...só por aí já dá para sacar o nível, eles devem é usar chantilly para lubrificar o rabo, e essas merdas que vocês do Tupanzine fazem. E eu não escuto nenhuma banda cujo nome é escrito com parênteses ou qualquer outra marca sem pronúncia, que nem aquele babaca do Prince, que uma vez inventou de trocar o nome por um símbolo idiota. Isso é coisa de panaca que quer chamar a atenção para compensar a falta de talento.

INB: Vão tomar no cu, seus metaleiros de merda! Tua mãe que faz fio-terra no teu pai usando chantilly, boiola! Mas continuando a entrevista...

RB: Vai continuar porra nenhuma, seu chupador de testículo! Meu pai não aceita fio-terra não, vá a merda... [Reinaldo pega um garrafa de Nova Schin e ameaça quebrá-la]

LC: [também apontando uma garrafa] : Peraí que eu já vou te mostrar quem é que faz fio-terra aqui, ô fã de Evanescence! Garçom, óleo de soja, por favor!

INB: Ok, ok sem stress, calma lá, calma lá...bem...hã...vocês acompanham os festivais do Senhor F?

LC: Senhor F? Que porra é essa?

RB: Senhor F é um coroa de bigode que é especialista em bandas alternativas...o cara gasta um tempo precioso da vida mantendo um site comentando sobre essas bandas merdas. Sempre rola um festival patrocinado por esse cara no Gate’s Pub, e olha só que coincidência maldita: esse cara é amigo do Lauro!

LC: E de onde vem essa merda de nome, “Senhor F”? “F” é de “fio-terra”?

INB: Não, seu estúpido, é o nome do cara, mesmo, Fernando Rosa. Porra, ô Leo, você não entende bulhufas da cena indie de Brasília, não sei nem o que eu estou fazendo aqui, puta merda!

LC: Se você que chamou não sabe, imagina eu, então? Eu estou aqui porque estou bebendo cerveja – que por sinal está quente - e jogando sinuca, em vez de perder meu tempo baixando MP3 de banda de garagem da Islândia com amplificador quebrado e guitarra faltando corda.

INB: Essa é pro Reinaldo: o que você tem contra os DJ’s Gas e Cochlar? Toda matéria que você detona a cena indie de Brasília, você menciona o nome deles. Pode explicar sem fugir da raia?

RB: Pô, cara, é simples. Esses caras são uns merdas, se acham os mestres da música. Teve uma festa que eu fui deles que os panacas tiveram a coragem de colocar a seguinte seqüência: Madonna, Funk como le gusta e marchinhas de Carnaval. Vá ser pseudo-intelectual assim nos cafundós da China! De boa, a galera de Brasília deveria boicotar esses babacas.

LC: Nos cafundós da China aposto que esse tipo de coisa é punido com bala na nuca. Mas enquanto existir cursos de ciências sociais na UnB, vai ter público para esse tipo de merda.

INB: Ah, mermão, cansei de entrevistar vocês, que não entendem porra nenhuma de música. Querem falar mais alguma coisa para os leitores do Tupanzine?

LC: Claro: vão se foder, seus bostas! Vocês de “indie” só tem o rótulo, porque de independentes não tem porra nenhuma. São uns viadinhos escravos de uma “moda-anti-moda”, que ouvem bandas escrotas, metidos que acham tudo uma merda, e cuja única novidade que comemoraram nos últimos dez anos foi a invenção do KY!

RB: Me chupem! E parem de ouvir essas merdas indies. Podia mandar vocês virarem homens, mas isso seria pedir demais.

Reinaldo, o Bruto

PS: essa entrevista será publicada no blog do Tupanzine (clique aqui) e no fanzine em breve.