quinta-feira, 16 de setembro de 2004

O "namorado" secreto de San



San (de amarelo) e Chico (doidão de cachaça)


Graças ao meu amigo Lauro eu fiquei sabendo de mais uma treta do Chico. Sim, de novo o Chico. Se você ainda não se lembrou do cara, saiba que o Chico é aquela figura que se atracou com um travesti em Pirinópolis (leia aqui) e que apanhou de travecos no Conic (leia aqui). Lembrou agora? Pois bem, agora deixa eu contar a nova do garotinho. Bem, na verdade essa história não é tão "nova" assim, já que ela ocorreu há uns quatro anos atrás. Mas como a história era inédita para mim e bem tosca (a cara do Buldozer) resolvi postar.

E o que o San tem a ver com esse papo todo? Bom, vamos lá: uns quatro anos atrás o San estava todo feliz e serelepe no curso de artes plásticas (ui!). Enquanto fazia esse curso (de bicha) e andava para um lado e para o outro com aquela pasta enoooorme cheia de desenhos e lápis coloridos, San resolveu relaxar um pouco fazendo a disciplina "canto coral". Como o San já tinha estudado na Escola de Música de Brasília, decidiu relembrar os velhos tempos cantando um pouco no coral.

Tudo estava indo muito bem, até que o professor Rodolfo (nome fictício), famoso na UnB pela sua viadagem explícita, começou a dar em cima do San:

- Bom dia San! Gostaria de te falar uma coisa...
- Pode falar professor.
- Puxa, você canta muito bem! Poderíamos sair no final da aula e discutir um pouco sobre música, que tal? Tem um café ótimo aqui perto.
- Ah professor, obrigado...estou ocupado depois da aula.
- Ah, que pena! Fica para a próxima então.

Mas o professor Rodolfo não desistiu fácil do gordinho. Todo dia era um chamego novo:

- Olá San! Olha, eu descobri ontem que você estudou contra-baixo acústico na Escola de Música. Sabia que eu tenho um contra-baixo novinho lá em casa? E ninguem usa, né? Ele pode ser to-di-nho seu, sabia? É so a gente sair um pouquinho hoje. Você poderia passar lá em casa...
- [sem graça] Ah professor, valeu, mas tenho coisa para estudar, sabe como é...
- Ah San, deixa de ser chato. Vamos la em casa, é rapidinho. Um bate papo rapido...
- NÃO PROFESSOR!!! Tô ocupado, pô. Fica para outro dia.
- Ai, tudo bem! Não precisa ficar nervoso...

Nisso San volta para casa pensando em alguma maneira de se livrar de Rodolfo, que não desgrudava de seu pé. No dia seguinte, quando San chega na UnB, escuta a bomba: Rodolfo foi encontrado morto em seu apartamento. Alunos e professores ficaram chocados com o acontecimento. Até o San, que já estava puto com as cantadas da bichona, ficou com pena do cara. Mas enfim, gay também é gente, né?

Nisso a polícia resolve bater na UnB para investigar. Conversa daqui, conversa de cá, e os policias prensam na parede um aluno que fazia canto coral:

- Bom dia rapaz. Você poderia me informar quais eram as pessoas mais próximas do professor Rodolfo? Quem é que mais andava com ele?
- Hmmmmmm...tinha o professor Fulano e o Beltrano. Tinha também um aluno gordinho que vivia no pé dele.
- Qual o nome dele?
- Todo mundo chama ele de San. Deve ser apelido, nem sei o nome do cara.
- Você sabe onde eu posso encontrá-lo?
- Passa lá nas Artes Plásticas que ele estuda por lá. Se você não achar é so ir atrás do Chico que ele te informa melhor. O Chico é amigão dele.
- Obrigado.

Os policiais correm então para o departamento de Artes Plásticas atrás do San. Como não achavam o sujeito, resolvem procurar o Chico, que por sinal estava de bobeira no departamento. Chico estava exalando um cheiro forte de cerveja e é chamado para um rápido interrogatório:

- Bom dia rapaz. Você é o Chico?
- Ieu mesmo.
- Amigo do San?
- É.
- Pois bem, somos da polícia e estamos investigando a morte do professor Rodolfo. Ficamos sabendo que o San sempre andava com o cara. Você sabe de alguma informação adicional?
- Ahhhh...o San. Grande gordinho. Pois é, o gordinho é gay. Tipo assim, bicha mesmo, mas gente boa.
- Como?
- Ué, vocês não sabiam? O San comia o Rodolfo. Eles namoravam, todo mundo sabe. Um dia antes de morrer eu soube que o San tava de olho em um contra-baixo do cara. Parece que a parada era cara pacas.
- Hmmmmmmm, interessante.
- É, mas apesar de bicha o San é gente boa, ta? Agora eu tenho que ir, preciso beber agora.
- Tudo bem, obrigado pelas informações.
- De nada! Qualquer coisa é so me ligar!

Só deixando claro: San não é gay, nem pretende ser (creio eu). O Chico apenas resolveu fazer uma "gracinha" com o cara, soltando informações falsas para a polícia. Ninguém sabe se o Chico estava bêbado ou se estava incorporado por um espírito de porco. Mas enfim, graças a essa brincadeirinha o San foi intimado a depor na delegacia, com toda aquela pressão de ser "o namorado secreto" de Rodolfo. San teve que depor várias vezes, e jurar de pé junto que não era gay e que nunca quis matar o Rodolfo por causa de um contra-baixo acústico. Demorou muito para o delegado acreditar, mas San finalmente foi liberado. Um mês depois a polícia descobriu que Rodolfo foi morto por um garoto de programa que queria roubá-lo.

No final das contas San ficou muito puto com o Chico, mas logo depois os dois fizeram as pazes em um buteco. Desse papo todo eu posso tirar algumas conclusões:

1) San tem saco de titânio e paciência de monge tibetano.
2) San não precisa de inimigos.
3) Chico é amigo da onça (além de bebum).

E San, se você ler esse post tenta esclarecer aí essa historia. Aproveito para te fazer uma pergunta: fala serio, não passou por sua cabeça comer o Rodolfo em troca do contra-baixo? Não minta...

Reinaldo, o Bruto