sábado, 5 de julho de 2003

Quem disse que os computadores não são inteligentes?

Aqui no trabalho, no último plantão, fizemos uma espécie de Festa Junina. Eu sugeri que se fizesse uma inovação e tocássemos heavy metal o dia inteiro, mas minhas colegas não permitiram, e durante um dia inteiro, as caixas de som do micro tocaram initerruptamente "Falamansa" e "música breganeja", para meu desgosto e para o assassínio do bom gosto e do requinte nas seleções musicais.

Hoje, quando a colega tentou colocar um som para animar o ambiente, o CD-ROM não abriu.

Isso mesmo, por mais que apertássemos o botão "open/close", a gavetinha nada. Foi daí que eu concluí:

- O coitado tá traumatizado.
- O quê, Léo?
- Traumatizado. Vocês ouviram música sertaneja uma dia inteiro aí, ele não agüenta mais.
- Fala besteira...
- Besteira nada...olha, faz o seguinte: bate um papo com ele, diz que não faz mais isso, que agora ele nunca mais vai ter que tocar Chitãozinho e Xororó, essas coisas. Aí talvez dê certo.
- Isso é ridículo, Léo.
- Pode ser, mas é melhor tentar. Ou você prefere ter danificado um equipamento do Tribunal? Além do mais, é isso ou ficar sem música.
- ...

Então ela foi lá, e bateu um papinho sério com ele, disse que estava arrependida, essas coisas. Aí a gavetinha abriu e ela colocou um CD de MPB, e ele voltou a funcionar. Isso me dá esperança em dias melhores, em um novo tempo de melhor nível, e me fazem achar injusto um filme como Matrix, que demoniza as máquinas: se todas forem como esse computador aqui do Cartório, o futuro será com certeza mais brilhante.