Contos de travestis- assaltado por 16 travecos!
Ola caro leitor(a), a partir de hoje estréia uma nova seção na Buldozer: Contos de travestis. Nessa seção irei narrar historias ocorridas com amigos e conhecidos que tenham como coadjuvantes travestis. É isso mesmo, travestis. O travesti é um dos seres mais bizarros que têm o previlégio(?) de viver nesse mundo. Analise bem, travesti é um cara que não se contenta apenas em dar a bunda e chupar pica, além de tudo isso ainda injeta silicone, toma hormônio feminino e se veste como uma mulher. Enfim, é um viado elevado a enésima potência. Mas vamos logo ao que interessa...
Assaltado por 16 travecos!
Olhe bem a foto acima. O sujeito da foto se chama Chico. Esse é um dos meus colegas mais figura (acho que a foto é auto-explicativa). O cara simplesmente nasceu para beber. Vive bêbado. Graças à sua queda por álcool, o cara vive se metendo em confusões hilárias. Se alguem se desse ao trabalho de escrever metade delas, daria um bom roteiro para filme de comedia- catastrofe. Para vocês terem uma idéia do perfil do rapaz, o cara ja teve a coragem de animar uma festa infantil vestido de joaninha (ele descrevendo a fantasia é demais!). O interessante é que ele estava totalmente bebum, e como resultado, chapou na cadeira durante toda a festa e não recebeu o pagamento pelo serviço de animador. Um mané, não? Totalmente...mas depois dessa historia que irei contar a vocês, o termo "mané" terá um novo significado daqui para frente.
Dia desses, o San (outro comédia, em breve mais detalhes) chamou o Chico para uma festinha que iria rolar no Gates Pub. Se você é de fora de Brasilia, saiba que o Gates é um dos points mais famosos dos alternativos e pseudo-intelectuais da cidade. Pois bem, Chico topa e acaba indo junto com o San para o local. Chegam cedo, cumprimentam os amigos e começam a beber (para variar). Dançam um pouco, dão em cima das menininhas, e cerveja vai, cerveja vem...e os dois ja estão um pouco "altos". Por volta das 2 da madruga, San fica meio de saco cheio e resolve ir embora da festa. Como ja estava um pouquinho bebum, acaba se esquecendo do Chico, que fica sozinho no recinto. No dia seguinte, San acorda de ressaca e se "lembra" que se esqueceu do amigo no Gates. Liga então para o Chico para pedir desculpas e saber como terminou a festinha. Mas quando o Chico atende, San começa a escutar uma voz trêmula contando uma historinha escabrosa...
Vamos a historia (contada pelo próprio Chico): ao se tocar que havia sido deixado sozinho na festa, Chico resolve comemorar bebendo uísque. Nem vou lembrar aos leitores que Chico já estava bêbado de cerveja. Enfim, detalhes. Depois de estar devidamente calibrado de álcool, o rapaz resolve dar em cima de todas as menininhas que encontrasse pela frente. É um tanto óbvio que bêbado nunca consegue mulher em festa, principalmente as meninas bestinhas que frequentam o Gates. E lá vai o Chico ficar puto com os foras. Ficou tão puto que resolveu ir embora do Gates e voltar a pé para casa. E aqui um detalhe importante: Chico mora no final da Asa Norte, local que fica BEM longe do Gates. Mas tudo bem, bêbado é bêbado. E lá vai o Chico andando a pé de madrugada pelas quadras da cidade a caminho de casa. Depois de 20 minutos andando, topa de cara com o Conic. "Aha! Vou descolar uma gatinha", pensa o bebum. Se você é de fora de Brasília, mais uma breve explicação: Conic é um shopping decadente de Brasília, que de dia abriga escritórios de sindicalistas, igrejas evangélicas, cines pornôs e lojas de metaleiros e skatistas. A noite, o local vira ponto de prostituição e venda de drogas. Ou seja, Chico resolveu visitar o local no seu melhor horário (e bêbado). Acho que vocês ja sentiram onde isso vai parar...
Chegando no Conic, Chico se dirige ao Bar dos encontros. Este é um bar super tosco, que se localiza no térreo do shopping. Custa 5 reais para entrar, e é frequentado por putas, travecos e traficantes. No meio do buteco temos uma pista de dança breguíssima, cercado por mesas de metal enferrujadas. Alto nível. Ao chegar na entrada, Chico começa a encher o saco do porteiro para entrar de graça. Depois de aguentar o bafo do alcoolatra por uns minutos, o porteiro acaba liberando a entrada do coitado. Chico entra, da uma espiadela no ambiente e vai logo para o balcão beber mais um pouquinho. No balcão, encontra uma mulher um tanto quanto simpática (palavras dele mesmo) que começa a encará-lo com cara de safada. Papo vai, papo vem...e ja estão os dois se agarrando em cima do balcão. De repente a senhorita sussurra em seu ouvido:
- Oi...vamos sair desse bar e ir para um butequinho aqui do lado? La eu me sinto mais a vontade...
- [voz de bêbado] Táa...tá gatiiinha...ic...
E la vai o casal entrar num bar que fica ao lado Bar dos encontros. Pela descrição do Chico, eles entraram num bar que fica de frente com o Inferninho (um bar com mesas de sinuca super barra pesada que tem até lata de Coca-cola no aquário), que não tem nome e é iluminado com luz vermelha. Coisa fina. Ao entrar no buteco luz-vermelha com a moça de familia, ele rapidamente se encosta em um canto para dar aquele amasso caprichado. Quando Chico começa a se empolgar e a cueca começa a melar, uma mão suspeita puxa sua carteira. Chico pára tudo e olha pra tras com cara de puto. Ao se virar, vê uns 16 travecos mal encarados fechando a saída e um traveco com a cara do Wesley Snipes segurando sua carteira. Chico não pensa duas vezes e sai correndo que nem louco, derrubando tudo o que estivesse pela frente. Correu desesperadamente numa direção que pensava levar para a saída...mas deu de cara com um beco sem saída! Quando pensou em dar meia volta, o traveco Wesley Snipes da uma voadora no meio do seu peito. Chico cai desorientado no chão e todos os travestis do recinto caem em cima dele dando porrada. No momento em que pensou estar sendo espancado até a morte por travestis (olha que morte mais honrosa Demetrius!), ele é levantado do chão pela garganta por um traveco loiro que logo coloca uma gilete no seu pescoço. Os travestis fazem um circulo em volta da anta do Chico, e começam a vasculhar sua carteira na sua frente. Vasculhavam e tiravam todos os documentos, mas não achavam dinheiro. "Ta...escondido...ali..." diz Chico com uma voz baixinha e apontando para uma cavidade secreta da carteira. Achado a grana, os travecos empurram Chico para fora do bar e jogam sua carteira longe. Com a camisa rasgada e um tanto dolorido com as porradas levadas, ele continua sua jornada a pé de volta para casa madrugada adentro...
É, Chico se supera. Como a historia contada acima foi uma versão contada pelo próprio Chico, garanto que rolou alguns detalhes que foram omitidos da versão final, como testículo de travesti esfregado na cara ou um fio-terra maligno. Mas enfim, nunca saberemos da versão uncut dessa historia toda. Uma pena. Eu tinha que estar la para tirar umas fotos...
Reinaldo,o Bruto
PS: A seguir: o travesti ninja!